quarta-feira, 14 de setembro de 2011

SUBSTÂNCIA ELIMINA O PROTOZOÁRIO DA LEISHMANIOSE

A leishmaniose deixou de ser uma doença de ocorrência apenas em áreas consideradas remotas. Nos últimos 30 anos, a mazela avançou sobre os centros urbanos e hoje se encontra fora de controle no Brasil e no mundo. Para se ter uma ideia de sua gravidade e do seu avanço no país, a enfermidade é um dos maiores problemas de saúde pública do estado do Pará e já chegou ao Sul — região antes considerada de difícil adaptação dos insetos transmissores, por conta das baixas temperaturas. Além da transmissão descontrolada, outro problema, talvez ainda mais grave, aflige a sociedade: a falta de um tratamento adequado e eficaz contra a doença. A saída, porém, pode estar na própria natureza, mais especificamente, nas costas de anfíbios. Uma pesquisa brasileira indica que uma substância encontrada na secreção desses animais tem ação potente contra o protozoário que provoca o mal.

A descoberta foi feita por José Roberto Leite, coordenador da equipe do Núcleo de Pesquisa em Biodiversidade e Biotecnologia da Universidade Federal do Piauí (Biotec/UFPI), após testar a substância em células infectadas pela leishmania. “Entre dezenas de outras substâncias testadas, encontramos uma que pode dar origem a um fármaco muito mais eficaz que os existentes hoje”, afirma o pesquisador. A molécula se destacou contra a leishmaniose tegumentar, tipo da doença que se manifesta na pele.

A substância à qual Leite se refere é a dermaseptina 01, e foi extraída da secreção produzida pela Phyllomedusa nordestina, perereca de cerca de 5cm de comprimento muito comum no Delta do Parnaíba, no Piauí. Segundo o pesquisador, o líquido extraído do dorso do animal tem alto poder antimicrobiano, sendo capaz de protegê-lo de bactérias e fungos. O ambiente úmido e cheio de matéria orgânica em que os anfíbios estão imersos na quase totalidade de sua vida é ideal para a proliferação de bactérias comensais, que vivem na parte externa do corpo dos animais. Assim, o desenvolvimento de um sistema imunológico eficaz foi essencial para o sucesso evolutivo de espécies da ordem dos anuros — sapos, rãs e pererecas.

Sabendo disso, os cientistas focaram os estudos na identificação das substâncias presentes na secreção e na forma como elas atuam sobre micro-organismos patogênicos. “A ideia é conhecer essas substâncias antimicrobianas, sua estrutura molecular, e tentar mimetizar seus efeitos antibióticos contra bactérias patogênicas ao homem”, descreve Leite. Esse esforço de prospecção se iniciou em 2002, com anfíbios do Cerrado, quando o especialista integrava uma equipe de pesquisadores na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Pouco tóxica
Os anfíbios possuem em sua região dorsal uma série de glândulas granulares, especializadas na produção de veneno. Leite explica que essas estruturas produzem diversas classes de moléculas de interesse, principalmente peptídeos — biomoléculas formadas pela ligação de dois ou mais aminoácidos. No caso da Phyllomedusa nordestina, há mais de 20 substâncias no peptídeo que foram isoladas e estudadas uma a uma (veja quadro).

A identificação da ação da dermaseptina 01 foi feita depois de ser testada nas células infectadas pela leishmaniose. Em 24 horas, a substância conseguiu acabar com o protozoário da doença. “Essas moléculas têm se mostrado muito potentes contra a leishmaniose tegumentar, além de apresentar menos efeitos colaterais contra células humanas, ou seja, baixa toxicidade”, afirma o coordenador da Biotec.

A toxicidade é um dos gargalos no tratamento contra a leishmaniose no mundo. Os dois únicos remédios existentes contra a doença trazem efeitos colaterais extremamente prejudiciais ao homem. Para se ter uma ideia do nível tóxico de tais medicamentos, o índice de mortalidade de pacientes que fizeram uso do tratamento é entre 5% a 20%. “Por isso, a dermaseptina 01 tem nos dado a expectativa de que, a partir dela, possam surgir uma classe de medicamentos eficazes contra a doença”, acredita Leite.
Nanoestruturas

Para que essa substância se torne mais eficaz contra a doença, os pesquisadores criaram nanofilmes com espessuras semelhantes a uma membrana natural que, aplicada sobre a pele, libera aos poucos a dermaseptina 01. “Para atacar a célula, a dermaseptina 01 tem de atravessar a parede celular. Assim como nos nanofilmes artificiais, já podemos analisar como se dá o processo na membrana celular da leishmania”, explica Valtencir Zucolotto, professor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e coordenador da rede Nanobiomed, que estuda plataformas nanotecnológicas aplicadas à medicina.

No Núcleo de Pesquisa em Biodiversidade e Biotecnologia, no Piauí, os cientistas desenvolveram um tipo de nanofilme feito da goma de cajueiro, na qual a substância pode ser inserida para chegar à célula e combater o protozoário. “Pretendemos utilizar esse material de caráter regional como uma membrana antiparasitária em feridas de pacientes com leishmaniose cutânea, aproveitando, além das propriedades do peptídeo, os efeitos da goma de cajueiro purificada que possui atividade antimicrobiana e antioxidante, já comprovadas por outros trabalhos de nosso grupo”, completa Leite.

O presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) e doutor em saúde pública pela Universidade de Harvard, Carlos Henrique Costa, mostra-se animado com os resultados da pesquisa e acredita que o estudo dos peptídeos possa originar novos medicamentos, sobretudo contra outras doenças tropicais. “Os anfíbios conseguiram sobreviver às grandes catástrofes, muito por conta dos peptídeos que eles produzem — inimigos naturais dos micro-organismos patogênicos.”

Costa ressalta a importância de pesquisas sobre a leishmaniose por causa da transmissão descontrolada, já que o inseto transmissor da doença se ada pta bem às condições urbanas. “Ele pode se transforma no novo Aedes aegypti (mosquito transmissor da dengue) muito mais rapidamente do que imaginamos”, alerta. “Toda pesquisa em busca de produtos farmacológicos traz esperança, pois não temos como combater a doença, que está se expandindo”, enfatiza o presidente da SBMT.

Tipos
A leishmaniose pode ser do tipo tegumentar e visceral. No primeiro caso, provoca lesões na pele e, em casos mais graves, ataca as mucosas do rosto, como nariz e lábios (leishmaniose mucosa). A manifestação visceral afeta os órgãos internos, causando febre, emagrecimento, anemia, aumento do fígado e do baço e imunodeficiência (diminuição da capacidade de defesa do organismo contra outros micróbios).

Fonte: Correio Braziliense
Edição: Assessoria de Comunicação CFMV

SUS - A sua origem, gargalos e principios

  Eduardo Arteiro Marcondes

O Sistema Único de Saúde - SUS, teve sua origem por ocasião da promulgação da constituição federal de 1988, que marcou a implantação do novo regime democrático do país. Naquela ocasião o Brasil saia de periodo de governos militares, onde a visão legalista e central sem sombra de dúvidas era o balizador das ações de toda a nação naquela fase.

  O sistema de saúde, era exercido pelo antigo INAMPS (meu pai foi funcionário daquele órgão), e, sem entrar no mérito de se era melhor o pior do que o nosso SUS, podemos afirmar com absoluta convicção de que era fruto de uma visão doutrinária bastante divergente da que temos hoje; Sobretudo do ponto de vista de modo de gestão e de possibilidade de cobertura à população assistida.

  Em 1990, portanto 2 anos após a implantação das bases do sistema; o SUS sofreu sua primeira e principal regulamentação até os dias de hoje - a conhecida lei 8080, que tratou de delinear os mecanismos de ações práticas que poderiam tornar realidade o novo modelo; No mesmo ano foi editada a lei 8152 que tratou das questões de financiamento do SUS.

  A partir daí foram sendo regularmente editadas portarias e mais algumas leis que foram moldando o grandioso sistema público de saúde que atende a todos os brasileiros indistintamente - não da melhor forma, é verdade. Esses caminhos foram sempre sendo traçados em consonância com a participação direta da sociedade, por meio das conferências de saúde nos 3 níveis de governo, demonstrando que essa mesma sociedade ainda que não da forma mais retilínea tem a capacidade de moldar os caminhos do seu futuro de forma sábia.

  De todo esse arcabouço legal, de pactos, diretrizes, e portarias, o grande entrave que perdura de forma quase insolúvel (e que trataremos mais oportunamente) é o problema do financiamento, sobretudo pela queda de braço travada pelos estados, que em sua quase totalidade, não assume para si sua parcela de responsabilidade, deixando para o governo federal e para os esmagados municipios toda a estrutura para ser gerida como der. Outro problema não menos grave é o problema das diretrizes legais a serem seguidas; Principalmente porque o sitema é tão democrático que a maioria das pessoas envolvidas acabam por esquecer que tudo nele é público, e portanto ainda universal fruto de uma sociedade livre deve seguir uma série de principios constitucionais.

  Para tanto a administração pública deve atender os seguintes princípios básicos:

- Principio da Isonomia: Se o gestor/administrador público tiver a plena consciência de que o bem que ora administra não é de sua propriedade e sim do público, do povo; Ele fatalmente observará que a isonomia deve ser preservada. Isonomia basicamente pode ser definida como igualdade, ou seja, todos devem ter igualdade de condições, em qualquer assunto tratado pelo poder público, e em qualquer esfera.

- Principio da Publicidade: Parte do pressuposto de que tudo é bem comum interessa a todos, portanto deve sua publicidade bastante clara e ao alcance de toda a sociedade. Em termos práticos é fortemente ligada a isonomia e a legalidade, pois toda ação pública que se preze e tenha sido executada dentro da legalidade e com isonomia deve ser publicada. Não tem sentido um ato de gestão pública ser feita de forma secreta, o que se por ventura vier a acontecer dará imediatamente margem a suspeita de irregularidade.

- Principio da Legalidade: Ao se tratar de um bem público, e nesse caso privado também, o administrador não pode fazer ou executar nada que vá contra as leis vigentes em todas as esferas federativas do país. A legalidade é que dá a segurança jurídica e de isonomia aos atos públicos, pois se considerarmos que a lei é para todos e deve ser cumprida por todos; O administrador preservará dessa forma a integridade do patrimônio comum.

- Principio da Impessoalidade: O princípio da impessoalidade parte de uma definição subjetiva e que pode ser perigosa no sentido de que um administrador sem ética pode acabar por praticar atos a sombra dele. O entendimento é de que a impessoalidade se caracteriza no momento em que, quem pratica o ato é a administração pública e não o servidor praticante. Contudo se considerarmos o servidor público como sendo reto em suas ações esse principio é fundamental, pois corrobora com o fortalecimento da instituição em detrimento da promoção individual e isso é muito salutar.

- Principio da Moralidade: Sem sombra de dúvidas é o mais vago de todos, pois pode ser identificado a partir de ações como probidade (honestidade), ética e boa-fé. Porém apesar de extremamente subjetivo deveria ser o quesito principal para alguém que tenha intenção se tornar administrador público, sendo que junto com a legalidade devem ser a guia mestra de qualquer gestão pública, no sentido de preservar o patrimônio do estado democrático de direito.

- Principio da Eficiência: É ainda um conceito novo em termos de gestão pública, e talvez seja o que mais assemelha com a administração privada, no sentido de que o bem comum tanto quanto o privado devem ser eficiente, ágil e trazer resultados satisfatórios e práticos

  Seguir esses principios em uma gestão pública e democrática deveriam ser a essência de qualquer parte envolvida, sobretudo em se tratando de saúde. Contudo poucos envolvidos tem a consciência da aplicabilidade disso no dia a dia, quebrando com isso a regra principal do jogo da democracia, e tornando por vezes o SUS em ambiente em quem pode mais chora menos.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

MÉDICO VETERINÁRIO PARA ALIMENTOS, PARA SAÚDE E PARA O PLANETA

Já disse um filósofo que: “todas as profissões são dignas de nós, porém, nós não somos dignos de todas as profissões”. Não é nenhum demérito ser pedreiro, padeiro, motorista. Assim como não é superior aquele que cursou e concluiu uma universidade. Todos, indistintamente, são importantes para sociedade.

Ocorre que o Médico Veterinário tem um papel fundamental a desempenhar e, dentro deste contexto, faremos uma abordagem não muito profunda, mas necessária para esclarecer, sobretudo, os desavisados e aqueles que teimam em permanecer no campo da ignorância.

É certo que o desenvolvimento humano só é possível se um componente importante for oferecido desde o nascimento, passando pela infância, pré-adolescência adolescência. Trata-se do alimento, em quantidade suficiente e qualidade de seus nutrientes necessários ao bom desenvolvimento físico e mental. A ciência explica que a falta de vitaminas, proteínas e sais minerais prejudica o desenvolvimento do cérebro.

Vamos aqui começar a colocar a importância do Médico Veterinário para a sociedade atual e futura. Produzir alimentos em quantidade que permita satisfazer a necessidade do ser humano é segurança alimentar, tão perseguida e ainda não satisfeita. Quando se busca colocar no mercado consumidor a proteína nobre, que é a proteína animal, em condições de consumo estamos falando de inocuidade dos alimentos. Quando se trata da saúde animal, independente se destinado à produção de alimentos, de lazer, de companhia, de educação, estamos falando, a um só tempo, de saúde animal e saúde humana.

Ao tratar preventivamente dos animais, o Médico Veterinário está beneficiando a todos, quer com os produtos e sub-produtos de origem animal, quer promovendo a saúde econômica do país, quer evitando as transmissões de doenças. Não é somente isso. O Médico Veterinário deve estar atento quanto à diversidade de atos para produção. Conhecer a influência que tem o intercambio social, a intensificação do comércio, quer em nível interno como externo. O serviço executado pelo Médico Veterinário é considerado como “bem público mundial”. A prestação de serviços de forma eficiente representa garantia para o mundo na produção de alimentos e apoio à riqueza dos produtores.

A todo instante surgem problemas de toda ordem, e aí está presença o Médico Veterinário; sobretudo na pesquisa, no controle das doenças transfronteiriças, buscando solucionar os problemas dos humanos, dos animais e do ecossistema. A criação intensiva, que no passado se imaginava como solução, hoje começa a ser descartada, não só considerando a possibilidade na transmissão de enfermidades, como nas questões de bem estar animal. Nesse contexto, surge a questão da biossegurança. Na criação extensiva, em virtude da grande mobilidade animal, há repercussão na transmissão transfronteiriça. Não se pode promover a produção sem se levar em conta o risco que o sistema adotado pode impactar o mercado.

A pergunta constante é: qual o impacto da atividade no meio social, econômico, ambiental, etc.? Esses questionamentos e as constatações demonstram a preocupação que a Ciência Veterinária vem aplicando desde quando, em 1.761, Claude Bourgelat teve a iniciativa de implantar a primeira Escola de Medicina Veterinária do mundo em Lyon, na França. Dois séculos e meio de muita pesquisa, muito trabalho, muita luta para dar respostas à sociedade, quer na produção de alimentos, na pesquisa de doenças e de medicamentos, na inocuidade dos alimentos de origem animal, no ensino, enfim, no grande espectro de atividade do Médico Veterinário.

Motivos para comemoração são muitos, mas os desafios continuam, sobretudo, quando existe no mundo um milhão de pessoas vitimas da pobreza e da fome. Cresce, assustadoramente, a responsabilidade social do Médico Veterinário. A participação do profissional em todos aspectos da vida do nosso país é uma exigência que extrapola a simples consideração de mais um profissional.

Médico Veterinário Benedito Fortes de Arruda
Presidente
Site CFMV

SUS - Reflexões sobre as mazelas do sistema

Eduardo Arteiro Marcondes

Falar sobe o sistema unico de saúde, nosso conhecido SUS, é antes de mais nada um prazer. Poder se enfronhar nas entranhas do mais democrático e generoso sistema de saúde do mundo deve ser uma honra, sobretudo à luz da ótica participativa que somente ele proporciona.

Debater a fundo seus pontos positivos e negativos, metendo literalmente o dedo na ferida, de forma livre espontânea, considerando opiniões de usuários de todos os níveis, de gestores/prestadores de uma diversidade de serviços, de trabalhadores de dezenas de segmentos, definitivamente é só para o SUS.

Somente o SUS é capaz de abraçar diversas categorias profissionais dando-lhes oportunidades de redesenhar seus próprios perfis possibilitando que todos indistintamente, possam contribuir com a sociedada brasileira dentro de suas competencias e caracteristicas (É o caso por exemplo da minha profissão - Medicina Veterinária). Isso vale também para os gestores/prestadores, e também usuários.

Ocorre que de tão democrático, o sistema acaba sofrendo (e definitivamente acredito que deva ser assim) total influencia das pressões sociais e políticas -que são a representação direta dessa sociedade- de modo que por vezes acaba transparecendo apenas as mazelas do sistema; Justamente porque segundo os atores envolvidos é o que deve ser mudado. E por mais frustante que isso possa parecer deve ser respeitado, é o livre arbitrio da nossa sociedade falando mais alto, é o grito da democracia em sua plenitude, é o preceito máximo do SUS. Ainda que logo ali, chegue-se a conclusão que o caminho estava errado, isso deve ser respeitado, afinal de contas quem é capaz de dizer o que é bom para uma comunidade senão ela mesma.

Confesso que como um legalista pleno, com forte formação militar, mas um democrata acima de tudo por vezes me pego em conflito comigo mesmo, no dia a dia de minha atuação profissional tentando entender até onde devo ir e até onde devo ceder as pressões politico/sociais; definitivamente é um exercicio completamente desgastante, sobretudo quando temos parâmetros técnicos-cientificos-legais que enbasam determinadas ações que  geram enormes impactos na comunidade, ainda que o objetivo seja melhorar a vida das pessoas, evitar doenças enfim.

Esse é um conflito ético bastante profundo, assim como é vivenciar que fruto dessa democracia rasgada o SUS acaba por expor suas maiores arguras, fruto de disputas de grupos, sem o interesse mútuo ao sistema como deveria ser. É duro poder certificar a cada dia que os segmentos que deveriam conduzir os caminhos do sistema, na  verdade não estão nenhum pouco preocupados com a coletividade de fato e sim em seu problemas individuais e de grupo, com o mundinho de sua atuação individual, como se isso não afetasse o todo; Criando verdadeiro parasitismo ao sistema.

Desse modo buscaresmos por meio dessa ferramenta mostrar e debater de forma clara alguns pontos que vivenciamos dia a dia na saude brasileira e que de fato acabam por se tornar os verdadeiros entraves ao bom atendimento a população e que acabam por impedir que de fato o SUS se torne, além do maior e mais democrático, no melhor e mais eficiente sistema de saúde pública do mundo.