Estava assistindo televisão ontem, quando vi uma
linda propagando da organização Médicos Sem Fronteiras, com a mensagem: “Agüente
firme – você não está sozinho”, e mostrava impactantes imagens de profissionais
de saúde que trabalham em situações de calamidade.
A propaganda me fez lembrar outra propaganda da
Coca-Cola que dizia: “Os bons ainda são a maioria” (Para que não haja confusão,
ressalta-se que a propaganda ilustrava os bons, como as pessoas boas – de bem.),
sendo que ambas me fizeram refletir sobre a situação vivida em nossa cidade no
correr dessa semana.
Ao ver as imagens de profissionais de saúde,
éticos e que estavam honrando o bem maior chamado vida, através da
solidariedade humana, com apoio zelo aos irmãos que estão em situação das mais
frágeis que possa considerar na existência; Não tive como não traçar um
paralelo com a situação oposta em que estávamos vivendo em nossa cidade, onde
profissionais de saúde, estavam manipulando e expondo o sofrimento das pessoas
em prol de benefícios pessoais.
Mais que o mérito da questão em si, é muito
triste ver que pessoas que fizeram o juramento pleno de lutar pela vida passam
a manipulá-la. Sim porque dizer que as situações expostas na impressa nunca
existiram, é antes de tudo assumir uma atitude inescrupulosa. Que a estrutura
do SUS é ruim, e caótica, não há como negar, porém a duvida que fica é
seguinte; Todos que se manifestaram sobre a questão sempre estiveram ali, numa
situação de conivência, enquanto a situação era confortável, simplesmente
quando lhes foi negado o aumento financeiro que desejavam, tudo passa a ser uma
catástrofe – Algo de errado tem!
Reivindicações, melhorias, negociações, tudo isso
é licito, até o momento que se passa a usar a boa fé de pessoas inocentes e
manipular informações em prol de pressão política. Na vida todos temos que
assumir nossas responsabilidades, senão vira bagunça. Na saúde de nossa cidade,
todos estão aqui por que querem, e sempre souberam as regras do jogo e as
condições que teriam, quando chegaram.
Porque não passam todos juntos a produzir
soluções que possam amenizar o sofrimento daquelas pessoas. Já está mais do que
provado que no ritmo que vai, com esse modelo hospitalocentrico de saúde,
jamais haverá recurso que chegue. Os leitos nunca serão suficientes, porque que
ao invés de se ficar expondo inocentes não se busca solução. Simplesmente ficar
colocando mais e mais dinheiro não é solução, até porque o problema real, nesse
caso, não é a falta de dinheiro nos hospitais, nem tão pouco a falta de
condições, isso na verdade figura-se como pano de fundo para a verdadeira
reivindicação que é de aumento salarial.
O problema é que em várias situações pode-se
pagar 30, 40, 50 mil reais por mês que mesmo assim esses “profissionais”
continuarão achando que é pouco. É preciso que a visão seja mudada, não se pode
misturar as coisas. Cada um deve cumprir seu papel institucional e funcional;
Negociar, buscar melhorias de todos os níveis é uma atividade eterna, porém
fazer politicagem, usar a desgraça dos outros e deixar de prestar a
solidariedade ao irmão que precisa para proveito próprio, é a pior posição que
um humano pode assumir em sua passagem carnal.
A esperança que fica é mensagem da coca-cola – Os
Bons ainda são a maioria – portanto a população pode ouvir com esperança: “Agüente
firme, você não está sozinho”.
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