segunda-feira, 21 de maio de 2012

Compartilhamento de Ações no Sistema Único de Saúde

Por Edu Marcondes




Desde o ano passado, temos acompanhado a execução de várias oficias e discussões voltadas a implementação do PDA, REDES de SAÚDE, COMPARTILHAMENTO, etc. Fica clara a posição do ministério da saúde em incentivar essas ações como forma de melhorar a assistência e o atendimento a quem de fato interessa, o cidadão brasileiro.


Ocorre que após participar de algumas oficinas e reuniões, após vivenciar de forma participativa as conferências municipal e estadual de saúde; passei a ser um defensor assíduo da política de formação de redes. De fato essa pode ser, se não a solução, uma grande possibilidade de melhoria de serviço, por possibilitar maior leque de gerência; De gestão. Apesar de infelizmente, boa parte dos envolvidos, pensarem única e exclusivamente em melhorar a sua situação, sem pensar na maioria, sem pensar no sistema.

A defesa dessa modalidade de atenção, se deu mais por ter tido a observação do egocentrismo de boa parte dos trabalhadores em saúde. Fica claro também a realização de oficinas e reuniões nesse caso tem se mostrado completamente inóquo.

Fica-se na teoria, no debate aleatório, sem se avançar de fato em ações concretas. Todos os segmentos colocam-se na posição de concordância, desde que ele não precise se mover de fato. Não se observa os gestores, e trabalhadores se colocando a disposição do sistema. Impera o egocentrismo.

As pessoas não tem conseguido, lançar um olhar para fora de sua unidade. E o gestor para fora do seu município. No caso dos trabalhadores, a sua atuação e a sua unidade, sempre são mais importantes e relevantes que o restante do sistema. Os trabalhadores, por exemplo, se posicionam assim: A minha unidade de ambulatório, é mais importante porque atende referencia, portanto não é preciso que eu ceda, que saía da minha unidade.

Já os municípios - Desde que o paciente saía de suas mãos para ser atendido tudo bem... é mais fácil cobrar da sede de macro do que gerar soluções em casa.  Sendo que apesar de um tanto chocante e impactante tratar situação assim, de forma nua e crua, essa é a pura realidade.

O fato é que torna-se imensamente dificultada a ação de qualquer gestor sem que a equipe se coloque a disposição do sistema. Sem que as pessoas entendam que o SUS é complexo e somente funcionará de fato com todas as engrenagens agindo conjuntamente, por isso tantas oficinas, reuniões técnicas e capacitações que tentam conduzir os envolvidos nesse sentido.

Outro detalhe é que essas redes devem ter como viga mestra a Atenção Básica, que deve ser cada vez mais fortalecida e articulada com todos os demais segmentos. Sendo que os profissionais envolvidos devem se pautar pelo resultado do trabalho, assumindo sua responsabilidade individual, e colocando esse resultado e sua ação em prol da rede, do sistema.

Na pratica isso equivale a dizer que os chefes devem se pautar pelo resultado prático do exercício de seu subordinado e esse colocar-se a disposição do sistema e não sentir-se engessado, amarrado à sua rotina. O profissional deve estar de mente e coração aberto a se adequar e atuar, conforme a demanda da rede, à demanda do sistema.

A ação de combate à Dengue em Dourados-Ms, pode ser usado como referencia de uma boa articulação e de integração como base de rede. Apesar de muito embate e conflito no inicio da interligação, hoje mostra como é salutar e eficaz o emparceiramento de segmentos em prol de uma política de saúde maior do município. Isso pode perfeitamente ser extrapolados, para integração de outras políticas. De forma que fica o desejo de todos possam ceder mais em prol do SUS!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário