Desde o ano passado,
temos acompanhado a execução de várias oficias e discussões voltadas a
implementação do PDA, REDES de SAÚDE, COMPARTILHAMENTO, etc. Fica clara a
posição do ministério da saúde em incentivar essas ações como forma de melhorar
a assistência e o atendimento a quem de fato interessa, o cidadão brasileiro.
Ocorre que após
participar de algumas oficinas e reuniões, após vivenciar de forma
participativa as conferências municipal e estadual de saúde; passei a ser um
defensor assíduo da política de formação de redes. De fato essa pode ser, se
não a solução, uma grande possibilidade de melhoria de serviço, por
possibilitar maior leque de gerência; De gestão. Apesar de infelizmente, boa
parte dos envolvidos, pensarem única e exclusivamente em melhorar a sua
situação, sem pensar na maioria, sem pensar no sistema.
A defesa dessa modalidade
de atenção, se deu mais por ter tido a observação do egocentrismo de boa parte
dos trabalhadores em saúde. Fica claro também a realização de oficinas e
reuniões nesse caso tem se mostrado completamente inóquo.
Fica-se na teoria, no
debate aleatório, sem se avançar de fato em ações concretas. Todos os segmentos
colocam-se na posição de concordância, desde que ele não precise se mover de
fato. Não se observa os gestores, e trabalhadores se colocando a disposição do
sistema. Impera o egocentrismo.
As pessoas não tem
conseguido, lançar um olhar para fora de sua unidade. E o gestor para fora do
seu município. No caso dos trabalhadores, a sua atuação e a sua unidade, sempre
são mais importantes e relevantes que o restante do sistema. Os trabalhadores,
por exemplo, se posicionam assim: A minha unidade de ambulatório, é mais
importante porque atende referencia, portanto não é preciso que eu ceda, que
saía da minha unidade.
Já os municípios - Desde
que o paciente saía de suas mãos para ser atendido tudo bem... é mais fácil cobrar
da sede de macro do que gerar soluções em casa. Sendo que apesar de um tanto chocante e
impactante tratar situação assim, de forma nua e crua, essa é a pura realidade.
O fato é que torna-se
imensamente dificultada a ação de qualquer gestor sem que a equipe se coloque a
disposição do sistema. Sem que as pessoas entendam que o SUS é complexo e
somente funcionará de fato com todas as engrenagens agindo conjuntamente, por
isso tantas oficinas, reuniões técnicas e capacitações que tentam conduzir os
envolvidos nesse sentido.
Outro detalhe é que essas
redes devem ter como viga mestra a Atenção Básica, que deve ser cada vez mais
fortalecida e articulada com todos os demais segmentos. Sendo que os
profissionais envolvidos devem se pautar pelo resultado do trabalho, assumindo
sua responsabilidade individual, e colocando esse resultado e sua ação em prol
da rede, do sistema.
Na pratica isso equivale
a dizer que os chefes devem se pautar pelo resultado prático do exercício de
seu subordinado e esse colocar-se a disposição do sistema e não sentir-se
engessado, amarrado à sua rotina. O profissional deve estar de mente e coração
aberto a se adequar e atuar, conforme a demanda da rede, à demanda do sistema.
A ação de combate à
Dengue em Dourados-Ms, pode ser usado como referencia de uma boa articulação e
de integração como base de rede. Apesar de muito embate e conflito no inicio da
interligação, hoje mostra como é salutar e eficaz o emparceiramento de
segmentos em prol de uma política de saúde maior do município. Isso pode
perfeitamente ser extrapolados, para integração de outras políticas. De forma
que fica o desejo de todos possam ceder mais em prol do SUS!!!
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