Para
iniciar é preciso dizer que qualquer pessoa que entenda de fato os preceitos e
estrutura do SUS deve ficar profundamente irritada quando colocam todo o
sistema num balaio só e, tratam como se a saúde fosse apenas essa zorra de
administração hospitalar corrupta e falida que vemos espalhada no Brasil.
Posto
isso, é possível verificar que o sistema de atendimento hospitalar brasileiro
está de fato à beira de um colapso. Se fosse qualquer empresa privada já teria
falido a tempos, isso não acontece porque os governos sempre na hora H seguram
a onda, pois senão o impacto junto a população seria muito grande. Só não
quebram de vez, porque é sempre o bom e velho SUS que da jeito e, ainda alguns
profissionais mal informados metem o “pau” no sistema.
É
demais para quem está dentro do sistema, ver o uso politiqueiro e corrupto com
que tratam a coisa. Simplesmente dói na alma idealista dos profissionais de bem
da saúde verem que os incompetentes
gestores hospitalares simplesmente não têm organização, planejamento, gestão e
não cumprem as normativas sanitárias mais básicas para terem acesso às linhas
de financiamento do SUS e, depois ficam jogando para galera e manipulando o
povo.
Ninguém
fala que certo hospital deve quatro milhões e que sua contratualização não é
aprovada, pelo simples motivo de que seu gestor não atende a portaria do
Ministério da Saúde para liberar os recursos. E que a mais de três meses ele é
orientado a melhorar a estrutura e, mas não faz nada. Assim de fato o dinheiro
não irá sair nunca. No grito e na pressão não.
É
preciso que as coisas comecem a se tornar mais profissionais e mais claras e,
que fique evidente que a atenção hospitalar é apenas um ponto do SUS. Que a
saúde não é somente hospital e, há milhares de outros profissionais trabalhando
todos os dias para justamente desafogar esses hospitais e que em um município
com uma rede eficiente e de boa cobertura territorial isso ajuda muito.
É
necessário, porém, que essa rede primária funcione de forma eficaz, que a
prevenção e a promoção sejam uma ferramenta prioritária, assim é possível
diminuir o número de agravantes hospitalares, de doenças infectocontagiosas,
cardiovasculares e algumas crônicas, acabar é uma utopia, mas diminuir com
certeza é possível.
Como
último fator a se considerado é que hoje os Estados devem, e, estão se
organizando em redes regionalizadas de saúde, descongestionando as capitais e
sobrecarregando os municípios sede, o problema é que os pequenos municípios
devem compor sua rede primária para que funcionem e não façam apenas a gestão
de ambulâncias.
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