terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A Luta dos Médicos Veterinários do Iagro

Edu Marcondes

Estamos assistindo nas útlimas semanas o desenrolar conturbado de uma justíssima reivindicação de colegas médicos veterinários do Iagro - Agencia Sanitária do Estado de Mato Grosso do Sul; De onde já pode-se observar alguns fatores que contribuiram para essa situação.

O primeiro fato a observar, e sou testemunha disso, é a falta de vontade do governo do estado em negociar de fato com a categoria, sobretudo para corrigir sérias distorções que foram sendo acumuladas ao longo de anos, a coisa foi sendo empurrada com a barriga por muito tempo, uma hora ia se fragmentar. E aqui cabe ressaltar que isso não se trata exclusivamente do governo do estado, e sim configura-se como uma característica pra lá enraizada na cultura da gestão pública em nosso país.

Para não cometer uma injustiça, direi que a maioria (e não todos) dos gestores públicos morrem de medo de comandar e liderar de verdade suas equipes; Alguns por pura falta de capacidade mesmo, outros por medo de perder votos, de modo que nem sentam e dizem a verdade independente da dor que isso cause quando não é possivel avançar, e nem cedem quando é possivel com medo de peder o cabresto dos funcionários, e com isso a coisa vai correndo conforme o nível de pressão aqui e acolá.

É de impressionar como essa situação é comum e presente em órgãos públicos, e aí fica aquele jogo de empurra, onde os mais espertos, ou os que gritam mais, indivudualmente acabam sendo contemplados e as distorções vão se consolidando, ao passo que quando um grupo vai reivindicar em coletivo vem sempre os mesmo argumentos... Não existe amparo legal; Não existe recurso disponível e vai-se levando.

Muito bem, isso geralmente acaba com situações de confronto de grupos com gestores, onde todos se arranham, e comumente algums membros acabam perseguidos, isolados e enfraquecidos. Nesses embates o órgão público certamente acaba tendo mais possibilidades de manobras que desviam o foco dos reivindicantes e manipulam as massas.

Nesse episódio especificamente podemos observar que o foco foi totalmente desviado por uma única ação do governo, a liberação da e-GTA. Foi o bastante para aguçar os sentimentos de algums colegas que simplesmente se concentraram nesse fato e esqueceram o principal, a aprovação do PCCV-R; Sendo que para o governo esse campo é muito mais confortável, visto que ele pode contar com aliados como os grandes grupos economicos do setor (altamente interessados, no livre comércio para aumentarem rendimentos), dos produtores rurais que se sentem mais a vontade para efeturem suas comercializações, da população em geral uma vez que prega-se a modernidade e liderança regional.

Em contra partida os fiscais tentam de todas as maneiras, cativar esses mesmos segmentos, mostrando a importância sanitária para manutenção dos comércios; mostrando para o produtor que ter um rebanho saudável traz maiores ganhos para sua propriedade, e para a sociedade que o estado corre risco sanitário e pode perder divisas.

Sendo portanto que precisamos trazer a tona dois pontos de vista para serem analisados; Em que esses segmentos estão de fato interessados, em segurança, sanidade, legalidade, correção de atitudes ou, agilidade de seus negocios, maiores ganhos, beneficios para seus segmentos pessoais e empresariais? (Pensem nisso). Outro ponto de vista é que para os fiscais essa discução não muda nada, no que de fato interessa - Valorização profissional e fim de distroções - e, principalmente traz a polêmica para o campo de conforto do governo, e não dos profisionais.

A grande parte de autores motivacionais são contundentes em afirmar que o sucesso nas empreitadas da vida depende de foco e persistência; e podemos adicionar mais alguns fatores: clareza por meio de análise profunda do terreno onde se está manobrando; persuasão,inteligência e agilidade para se desvincilhar das armadilhas do adverário; força e união para se manter na disputa enquando ela existir; De forma que nesse momento, os médicos veterinários do estado precisarão de todos atributos, na certeza que após as batalhas vem o fortalecimento e o amadurecimento, individual e coletivo desde que tudo isso tenha sido feito de forma digna, honrosa e com objetivo coletivo verdadeiro.

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