quarta-feira, 10 de julho de 2013

Malversação do Dinheiro Público - Passe Livre da FAB - TRANSCRIÇÃO DA COLUNA ATENTA - JORNAL O PROGRESSO - DIA 10/07/2013

Por Cesar Cordeiro - Coluna Atenta - Jornal do Progresso


OBS: Valeu a pena transcrever esse trecho da coluna do Cesar Cordeiro, porque concordo plenamente com todo o descrito, e penso que devemos compartilhar esse pensamento o máximo possível. O nosso SUS também precisa disso...

Passe livre da FAB

O jurista Luiz Flávio Gomes (coeditor do portal atualidades do direito) faz a seguinte observação sobre o Passe Livre da FAB: “A Folha de S. Paulo de 04.07.13, cumprindo seu papel vigilante, noticiou que Henrique Alves mandou um avião buscar sua família em Natal (RN) para assistir ao jogo do Brasil no Rio de Janeiro. Renan Calheiros usou um avião para ir a um casamento. O Ministro Garibaldi Alves também foi ao jogo. É da natureza deles o uso o da coisa pública, como se fosse bem privado”.

Escorpiões políticos

“Grande parcela do Brasil está mobilizada contra esse tipo de malversação do dinheiro público. Mas nada adiantou. É da natureza dos escorpiões políticos cravar o seu ferrão nas contas públicas, para satisfação de prazeres privados. Por conta disso tudo, não podemos esmorecer.”

Dos costumes

“Se é dos costumes que nasce a ética, não se pode esperar do homem público vulgar um comportamento ético (e exemplar) se o seu meio, se o seu ambiente vital e profissional, respira maus costumes (corrupção, malandragem, apadrinhamento, patrimonialismo, nepotismo, fisiologismo, ganhos por fora, enriquecimento ilícito, compra de votos etc.)”.

Estilo de vida

“Como esperar virtuosidade (probidade) do homem público vulgar se a virtude não reside num só ato, sim, num estilo de vida, numa forma de “viver e de envelhecer”? O que muda (ou orienta) o comportamento humano em profundidade não é a lei, sim, o costume (a ética)”.

Sólida base

“Faltando os costumes (a moralidade social) só resta esperar que a lei cumpra o papel de punir (coerção) as desviações assim como a de irradiar entre a população a sua força (“pedagógica”) moralizadora. Se a lei de improbidade administrativa no Brasil não atingiu ainda seu potencial máximo de efetividade seguramente é porque, dentre tantos outros fatores, falta-lhe uma sólida base consuetudinária. “As leis são sempre vacilantes quando não se apoiam nos costumes; os costumes formam o único poder resistente e duradouro do povo” (dizia Tocqueville)”.

Mundo moderno

“Do administrador público (eleito ou concursado) o que se espera hoje, no mundo moderno e complexo que vivemos, é que seja sábio, magnânimo, justo e honesto, ou seja, exemplar. Quem foge deste padrão não só quebra a confiança que lhe foi depositada (pelos titulares da soberania democrática), como incorre em desviações sancionadas pela lei (pena que a lei, no nosso país, não tenha a eficácia que se espera dela)”.

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