sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O SOL DE DOURADOS-MS



Aconteceu hoje, em Dourados-Ms, por volta das 11:00 hs um fenomeno natural do Sol, completamente visível em nossa cidade.

O fenômeno que foi no mínimo intrigrante, chama-se Halo e é provocado por particulas de gelo na atmosfera que formam essa espécie de arco-iris ao redo do sol!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A Inspeção Sanitária em Estabelecimentos Públicos de Saúde

Edu Marcondes

A poucos meses em uma oficina técnica, em meio a um debate técnico sobre salas de parto, me espantei quanto uma conceituada técnica do Ministério da Saúde demonstrou um número extraordinário de partos normais por hora como sendo o recomendado para o SUS. Meu espanto deveu-se provavelmente ao fato de conhecer apenas a realidade de algumas poucas unidades hospitalares, sendo então fiz a ponderação de que considerava aquele número elevado e que caso houvessem problemas certamente o sistema entraria em colapso. Em contrapartida ele me respondeu que os melhores centros obstétricos do pais conseguiam aqueles indices com tranquilidade e que do ponto de vista de gestão hospitalar minimamente eficaz esse deveria ser o parâmetro.

Pois bem para podermos traçar uma análise da importância das inspeções sanitárias em estabelecimentos públicos de saúde, é preciso antes de mais nada tomar consciência do papel da vigilância sanitária no contexto de sistema unico de saúde, nosso conhecido SUS. Ter tambem em mente que o próprio sistema tem o dever de levar uma saúde de qualidade a população, seja por meio de seus atendimentos e serviços, seja por meio da garantia de que os sistema privado fará o mesmo.

Poucas pessoas conseguem relacionar a vigilância sanitária à essa qualidade de serviços; Via de regra o órgão é tipo apenas como policia sanitária dos estabelecimentos comerciais, o que também é verdade, porém não absoluta. Na verdade dentro do sistema de saúde os órgãos de vigilância são os responsáveis pelo monitoriamento, mapeamento e ações de prevenção de todos os agravos que possam comprometer a saúde da população -Desde saúde do trabalhador, passando pela epidemiologia das doenças, manejo ambiental e controle sanitário de produtos e serviços.

Se abordarmos somente serviços, veremos que esses incluem todos os ramos de prestação de serviço, que possam de alguma forma contribuir para a contamição das pessoas, seja dos mais simples (como salões de beleza, por ex.), seja dos mais complexos (como UTI´s de Hospitais). De forma que o seu papel assume responsabilidade tal que não poderia ser mistificada ou sofrer influencia de qualquer forma. Uma vigilância sanitária inoperante, ou ineficaz é jogar a população em uma roleta russa, onde certamente, mais cedo ou mais tarde será atingida por algum surto de doença, mais ou menos grave.

O problema é que para fazer com que esses padrões de qualidade sejam mantidos a atuação de vigilância necessita da cooperação das pessoas responsáveis para uma mudança de concepção e de procedimentos, é necessário que haja uma mudança de comportamento. Fato é grande parte das vezes isso demanda esfroço pessoal e financeiro e isso acaba emperrando as melhorias e mancha a imagem do órgão, sobretudo quando é necessário a aplicação de sanções legais, para garantia sanitária.

Em casos de estabelecimentos de saúde de alta complexidade seria de fundamental importância que os próprios responsáveis ao receberem uma fiscalização da vigilância sanitária, atendessem de pronto os requerimentos dos relatórios, entendendo que o órgão está sempre agindo pelo bem comum, inclusive do próprio estabelecimento; E não levar a atuação para o lado pessoal ou político, para ganhar licença sem promover as melhorias necessárias.

Seria bom sempre que lembrassem o fato de que estão lidando com vidas em situações de extrema delicadeza, e qualquer agente contaminante pode ser responsável por graves surtos de infecções hospitalares. Exemplos não faltam no mundo de germes extramente comuns que por condições criadas em ambientes hospitalares se tornaram mortais.

A legislação sanitária para ambientes hospitalares é a mesma no Brasil, seja para um centro de excelência seja para uma pequena unidade do interior, e aqui devemos considerar a história inicial e verificar que apesar de parecer esdruchulo a afirmação que obtive no evento, isso tem toda a logica pensando-se em SUS. Senão vejamos, o sistema tem por dever prestar serviço de saúde a todo cidadão brasileiro indistintamente. Isso quer dizer que o brasileiro do interior deve receber a mesma qualidade de serviço do brasileiro do grande centro, principalmente quando não pode se deslocar até lá. 

A vigilância sanitária portanto é o braço do sistema que deve dar essa garantia a população, pois UTI, é UTI, Centro Cirurgico é Centro Cirurgico e Hospital é Hospital, onde quer que ela exista, sendo que niguem dentro do sistema é obrigado a aumentar seus níveis de complexidade, mas se o fizerem devem garantir que a legislação seja atendida na sua integralidade pelo bem da população.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A Leishmaniose Visceral Continua em Pauta


Edu Marcondes

Até dia 26 de Novembro de de 2011 - Dia do Semiário de Leishmanioses do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS), havia prometido a mim mesmo que não debateria mais o tema leishmaniose visceral publicamente. Contudo não pude recusar o convite feito pela comissão estadual de Mato Grosso do Sul, em nome da presidente do CRMV-Ms, para apresentar a realidade que vivemos em Dourado-Ms.

Muito bem, certamente a apresentação estava cercada de espectativas de  minha parte sobretudo pelo histórico recente dos níveis acalorados de debates sobre o tema. Contudo exatos 2 dias antes ainda em Dourados-Ms pude assistir a apresentação do coordenador da comissão estadual onde pude me certificar que tinhamos tudo para de fato começar a avançar, no que mais interessa - o controle da doença.

Ficou batante claro naquele momento que o a assunto, se observado pela ótica de quem quer de fato resolver o problema sem tirar proveito pessoal, que todos estavam falando a mesma coisa porém com visões especificas e sem conseguir compartilhar as experiencias para o avanço concreto no controle da doença. Isso me deixou bastante mais aliviado, visto que no passado recente acabei expondo em demasia minhas opiniões e portanto tinha receio de como seria a receptividade no evento.

Passados já alguns dias do evento posso sentir, que esse pode ser o momento para tentarmos criar uma mesa de fato redonda e democrática para que todos, sem distinção contribuam para o controle efetivo da leishmaniose, incluindo-se ai o controle dela nos cães.

Como fazer isso; Confesso que a cada dia que passa tenho mais convicção de que não existe um modelo único e que ninguem envolvido está totalmente correto. Todos falamos as mesmas coisas: Que o cão é tão vítima quanto os humanos, que o poder público não está preparado para o controle efetivo (assim como não está para Dengue, Febre do Nilo, e outros doenças vetoriais), que devemos focar nosso controle no vetor e no meio ambiente, que nenhuma das ações de controle e de diagnóstico é 100% eficiente (assim como não é em humanos), efim, uma série de verdades que todos os segmentos sabem, concordam, mas não conseguem propor ações conjuntas para solução.Todos sabem também que a doença, é diretamente relacionada com o meio ambiente e condição sócio economica da população.

Diante desse emaranhado de afirmações acabamos verificando, alguns segmentos agindo de forma desconectada e se defendendo como podem, senão vejamos: O poder público (e diga-se, especificamente CCZ´s) faz o que está ao seu alcance técnico e material, realizando inquéritos e eutanásias e acaba por não reconhecer o empenho dos outros; Os laboratórios também fazem o que está alcance e pesquisam cada vez mais profundamente formas de desenvolver vacinas e medicamentos para proteger os cães, mas não consegue sensibilizar o poder público; Alguns clínicos e pesquisadores, desenvolvem protocolos de tratamentos para cães como forma de não descumprirem a portaria do M.S que limita o uso de drogas humanas nos cães, mas também não conseguem o aval do ministério da saúde.

Felizmente na contra mão dessa realidade pude vivenciar no Seminário momentos em que pela primeira vez todos esses segmentos estiveram juntos. As diferente opiniões e pontos de vista foram manifestados, porém sem aquele inflame de outrora. Disse na oportunidade e posso dizer novamente, talves tenha sido o primeiro passo para que possamos entender que todos devem se ajudar, pois, quanto mais desenvolvida as vacinas estiverem melhor; Quanto mais testado e mais seguro forem os protocolos de tratamento melhor; Quanto mais seguros forem os métodos diaganóstico melhor; Quanto mais efetivo na melhora das condições ambientais e de infra-estrutura urbana o poder público for melhor. Ai sim estaremos protegendo de fato nossa população, e nossos cães da Leishmaniose.

Precisamos támbem criar a consciencia de que para os CCZ´s, carregar o fardo do controle das doenças vetoriais sozinho, em nome do poder público certamente é antes de tudo injusto. Ele é apenas um órgão de vigilância da ponta de uma grande hierarquia que vai até o Ministério da Saúde, e geralmente com quase nenhuma autonomia, com faltas regulares de equipamentos e insumos e com poder de ação bastante limitado, ao controle quimico e mecânico de focos de vetores (Setor de Controle de Vetores) e ao controle animal (Setor de Veterinária), de forma que outros agentes como serviços urbanos, planejamento, obras e os próprios gabinetes de gestores é quem deveriam assumir o controle das doenças vetorias como programas efetivos.

Ficar os segmentos envolvido discutindo entre si, não os levará a lugar algum, pois quem interessa de fato que é o gestor público, não fica nem sabendo e pior, maior parte das vezes sabe e torce para que discussão fique como está, pois não os dará o trabalho de resolver as questões estruturantes que envolvem essas epidemias - O desenvolvimento urbano e social de nossas cidades. E nesse ponto o CRMV-MS, de fato deu um passo adiante pois se seguirmos nesse rumo poderemos juntar os técnicos de saúde pública, os laboratórios, os clinicos e propormos juntos um grande programa nacional de controle em que todas as possibilidades possiveis e imagináveis de controle, sejam executadas (já nenhuma sozinha é totalmente eficaz, que usemos todas) dentro das margens de segurança e com todos os critérios de cuidados empregrados.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A Luta dos Médicos Veterinários do Iagro

Edu Marcondes

Estamos assistindo nas útlimas semanas o desenrolar conturbado de uma justíssima reivindicação de colegas médicos veterinários do Iagro - Agencia Sanitária do Estado de Mato Grosso do Sul; De onde já pode-se observar alguns fatores que contribuiram para essa situação.

O primeiro fato a observar, e sou testemunha disso, é a falta de vontade do governo do estado em negociar de fato com a categoria, sobretudo para corrigir sérias distorções que foram sendo acumuladas ao longo de anos, a coisa foi sendo empurrada com a barriga por muito tempo, uma hora ia se fragmentar. E aqui cabe ressaltar que isso não se trata exclusivamente do governo do estado, e sim configura-se como uma característica pra lá enraizada na cultura da gestão pública em nosso país.

Para não cometer uma injustiça, direi que a maioria (e não todos) dos gestores públicos morrem de medo de comandar e liderar de verdade suas equipes; Alguns por pura falta de capacidade mesmo, outros por medo de perder votos, de modo que nem sentam e dizem a verdade independente da dor que isso cause quando não é possivel avançar, e nem cedem quando é possivel com medo de peder o cabresto dos funcionários, e com isso a coisa vai correndo conforme o nível de pressão aqui e acolá.

É de impressionar como essa situação é comum e presente em órgãos públicos, e aí fica aquele jogo de empurra, onde os mais espertos, ou os que gritam mais, indivudualmente acabam sendo contemplados e as distorções vão se consolidando, ao passo que quando um grupo vai reivindicar em coletivo vem sempre os mesmo argumentos... Não existe amparo legal; Não existe recurso disponível e vai-se levando.

Muito bem, isso geralmente acaba com situações de confronto de grupos com gestores, onde todos se arranham, e comumente algums membros acabam perseguidos, isolados e enfraquecidos. Nesses embates o órgão público certamente acaba tendo mais possibilidades de manobras que desviam o foco dos reivindicantes e manipulam as massas.

Nesse episódio especificamente podemos observar que o foco foi totalmente desviado por uma única ação do governo, a liberação da e-GTA. Foi o bastante para aguçar os sentimentos de algums colegas que simplesmente se concentraram nesse fato e esqueceram o principal, a aprovação do PCCV-R; Sendo que para o governo esse campo é muito mais confortável, visto que ele pode contar com aliados como os grandes grupos economicos do setor (altamente interessados, no livre comércio para aumentarem rendimentos), dos produtores rurais que se sentem mais a vontade para efeturem suas comercializações, da população em geral uma vez que prega-se a modernidade e liderança regional.

Em contra partida os fiscais tentam de todas as maneiras, cativar esses mesmos segmentos, mostrando a importância sanitária para manutenção dos comércios; mostrando para o produtor que ter um rebanho saudável traz maiores ganhos para sua propriedade, e para a sociedade que o estado corre risco sanitário e pode perder divisas.

Sendo portanto que precisamos trazer a tona dois pontos de vista para serem analisados; Em que esses segmentos estão de fato interessados, em segurança, sanidade, legalidade, correção de atitudes ou, agilidade de seus negocios, maiores ganhos, beneficios para seus segmentos pessoais e empresariais? (Pensem nisso). Outro ponto de vista é que para os fiscais essa discução não muda nada, no que de fato interessa - Valorização profissional e fim de distroções - e, principalmente traz a polêmica para o campo de conforto do governo, e não dos profisionais.

A grande parte de autores motivacionais são contundentes em afirmar que o sucesso nas empreitadas da vida depende de foco e persistência; e podemos adicionar mais alguns fatores: clareza por meio de análise profunda do terreno onde se está manobrando; persuasão,inteligência e agilidade para se desvincilhar das armadilhas do adverário; força e união para se manter na disputa enquando ela existir; De forma que nesse momento, os médicos veterinários do estado precisarão de todos atributos, na certeza que após as batalhas vem o fortalecimento e o amadurecimento, individual e coletivo desde que tudo isso tenha sido feito de forma digna, honrosa e com objetivo coletivo verdadeiro.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O MEDICO VETERINÁRIO E O NASF

Fonte: SITE CFMV
http://www.cfmv.org.br/portal/presidente_palavra.php

A inclusão do Medico Veterinário no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) tem causado conturbações, principalmente por aqueles que, no afã de dar a notícia e dizer que também são responsáveis pela edição da Lei, o fazem sem nenhum conhecimento do que isso verdadeiramente representa.

É necessário deixarmos de forma cristalina que a inclusão do Medico Veterinário no NASF não significa que as prefeituras têm a obrigação de contratar profissionais. Abre-se apenas a possibilidade das prefeituras promover a contratação, na medida de sua necessidade e da consciência do trabalho que o profissional realizará em prol dos municípios.

Evidente que cabe a todos começar a trabalhar de forma harmônica e conjunta, no sentido de ampliar o mercado de trabalho profissional com seriedade e responsabilidade.

O Ministério da Saúde criou o Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF, por meio da Portaria do Gabinete do Ministro n.º 154 de 24 de janeiro de 2008, tendo como fundamento apoiar a inserção da Estratégia Saúde da Família - ESF na rede de serviços e ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção primária, focando, sobretudo, em sua resolutividade e em contemplar os aspectos da regionalização e do território.

A atenção primaria à saúde tem seu alicerce em quatro atributos considerados essenciais, quer sejam: o acesso de primeiro contato do individuo com o sistema de saúde; a continuidade e a integralidade da atenção; e a coordenação da atenção dentro do sistema. Mas o que significa atenção básica? O próprio decreto define ao dizer: “Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades”.

A presença de diferentes formações profissionais assim como um alto grau de articulação entre os profissionais é essencial, de forma que não só as ações sejam compartilhadas, mas também tenha lugar um processo interdisciplinar no qual progressivamente os núcleos de competência profissionais específicos vão enriquecendo o campo comum de competências ampliando assim a capacidade de cuidado de toda a equipe.

O NASF é constituído por equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento. Os profissionais do NASF devem atuar de forma conjunta com os profissionais das Equipes Saúde da Família, promovendo uma ação consentânea com a realidade daquele território na pratica em saúde.

Duas são as modalidades de NASF: o NASF 1 que deve ter uma composição de, no mínimo, cinco das profissões de nível superior da área da saúde, vinculado a, no máximo, 15 (quinze) equipes de Saúde da Família e/ou equipes de atenção básica para populações específicas. O NASF 2 que deve ser composto por, no mínimo, três profissionais de nível superior da área da saúde que não tenham ocupações coincidentes e vinculadas a, no mínimo, 03 e, no máximo, 7 Equipes da Saúde da Família. Não haverá repasse financeiro aos municípios e ao Distrito Federal que implantarem duas modalidades de forma concomitante. Registre que a definição dos profissionais que irão compor os NASFs é de responsabilidade dos gestores municipais, seguindo os critérios de prioridade identificados a partir dos dados epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde que serão apoiadas.

Como se vê a contratação de Médicos Veterinários ou outro profissional não é obrigatória senão precedida de levantamento de prioridades fundamentadas. Os áulicos vêm, sem nenhuma responsabilidade, verberando, como se fossem donos absolutos da verdade, que estarão exigindo a contratação imediata de Médicos Veterinários.

As responsabilidades dos NASFs têm a sua preocupação central no sentido de atuar e reforçar nove diretrizes na atenção à saúde, vejamos: a interdisciplinaridade, a intersetorialidade, a educação popular, o território, a integralidade, o controle social, a educação permanente em saúde, a promoção da saúde e a humanização,constituindo processo de aprendizado coletivo.

O Conselho Federal incumbiu a sua Comissão Nacional de Saúde Publica Veterinária no sentido de formular o campo de atividade do Medico Veterinário do NASF e ainda esta semana estará em nossa página o documento elaborado. Contudo, não é uma proposta pronta e acabada, estaremos construindo esse papel de forma continua e permanente.

Médico Veterinário Benedito Fortes de Arruda
Presidente CFMV