quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Proposta proíbe perseguição de animais seguida de laçadas em rodeios

Fonte: Site CRMV-MS


Tramita na Câmara projeto que proíbe perseguições seguidas de laçadas e derrubadas de animal em rodeios ou eventos parecidos. A proposta define penalidades que podem chegar a R$ 30 mil para quem não cumprir a determinação.

De acordo com o texto (Projeto de Lei 2086/11), do deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), será considerado infrator o proprietário do local onde foram executadas as práticas contra os animais. Também sofrerá pena o servidor ou a autoridade que conceder alvará ou licença para a realização do evento. A multa poderá atingir o valor de R$ 30 mil.

Ricardo Tripoli destacou que, na Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos deste ano, um garrote, como é chamado o touro jovem, teve que ser abatido depois de ficar paralisado quando um peão lhe quebrou a coluna vertebral. O fato não é incomum na prova do rodeio chamada de bulldogging. O peão desmonta de seu cavalo em pleno galope, atirando-se sobre a cabeça do garrote em movimento. O competidor deve derrubar o animal, agarrando-o pelos chifres e torcendo seu pescoço.

Bezerros de 40 dias
São cruéis também as provas de laço. Na calfroping (laço do bezerro), o laço que atinge o pescoço do bezerro o faz estancar de forma abrupta, tracionando-o para trás, em sentido contrário ao que corria. O laçador desce do cavalo e, segurando o bezerro pelas patas, ou até mesmo pela prega cutânea, ergue-o do solo até a altura da cintura do laçador, para em seguida atirá-lo violentamente ao chão, sendo três de suas patas amarradas juntas. São utilizados bezerros de apenas 40 dias de vida, já que o animal não pode ultrapassar 120 quilos.

“Se as laçadas e derrubadas são condenáveis até mesmo nas fazendas, onde são executadas por necessidade, com muito mais razão não podem ser admitidas como mero entretenimento”, afirmou o parlamentar.

Tramitação
A proposta será analisada pelas comissões de Turismo e Desporto; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, inclusive no seu mérito, antes de seguir para o Plenário.
Íntegra da proposta:
PL-2086/2011
Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Mariana Monteiro
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2011 foi um ano de muita saúde pública em Dourados-MS

Edu Marcondes


Estamos chegando ao fim do ano adminstrativo de 2011, sendo portando que já possivel traçar um perfil para do que foram esses 365 dias para a saúde pública de Dourados-MS. Podemos também dentro de uma visão estritramente técnica e real, sem paixonismos políticos, que tanto mal fazem a saúde - física das pessoas de bem que trabalham nesse e para a propria prática de gestão.

É importante que observemos que política de saúde de um municipio ou de um governo, não pode jamais ser confundida com política na saúde. A gestão pública de saúde não é lugar para brincadeiras nem experiencias pessoais para ganhos indivuais. Quem se propõe a fazer saúde, deve ter muito claro em sua alma que estará trabalhando pelo bem de todos... Todos mesmo, e não alguns apadrinhados ou para si próprio, como vimos em um passado muito recescente que está de fato sendo deixado pra tras.

Ótimo seria se conseguisemos, todos os Douradenses, deixar de fato esse passado para tras, mas com a experiencia da lição aprendida de fato. Digo isso pois ficou marcante no ano que estamos findando que infelismente alguns cidadãos de nossa cidade, de dentro e de fora da gestão, ainda teimam em buscar a pressão política, o apadrinhamento a amizade, ou o posto que exerce para quebrar uma multinha aqui, ganhar uma ajudinha ali, conseguir um conveniozinho acolá, se esquencendo que essas atidudes é que mergulharam nossa cidade no caos a poucos meses. As pessoas se esquecem que isso é a fonte primaria da corrupção.

Sorte foi que tivemos um prefeito e uma secretária de saúde que não deixaram se levar por essas pessoas, nem a pressão barata e as artimanhas que essas pessoas de estratégia do mal usaram; Como disse nosso prefeito aos 76 anos nasce de fato uma nova Dourados, que não aceitara mais esses tipos de articulações. Mas que fique o registro de que essas pessoas e essas tentivas foram o unico ponto negativo de 2011, para a saúde, pois tomaram tempo e causaram muito desgaste as pessoas de bem que queriam de fato trabalhar para o avanço da cidade.



Tirando os fatos negativos exaltemos os positivos, que não são poucos. Podemos de incio dizer sem a menor dúvida que Dourados posui já hoje o melhor aparelhamento de Vigilância em Saúde do estado, tanto estrutural quanto de pessoal; Possui uma das melhores e mais bem estruturadas ações interligadas de atenção e vigilância do Estado e até do Brasil; Possui uma da mais bem distribuidas e operantes equipes de saúde da família do país.

Os números nos mostraram que pela primeira vez os órgãos de vigilância (CCZ, DST/AIDS, Vigilância Sanitária, Imunização, CEREST, Tuberculose e hanseníase) todos sem exceção fecham o ano com todas; eu disse todas as metas cumpridas de seus planos de ação. A atenção básica acabou com quase todas as filas de exames, e hoje é possível qualquer cidadão ser acolhido e atendido pela rede pública, em alguns casos, com mais agilidade que alguns planos de saúde privados. O nível de atendimento hospitalar seja de emergencia como no Hospital da Vida, seja para casos de referencia atendidos no HU, foi dos melhores do país. Dourados-Ms, é hoje de fato uma sede de macro região que absorve todo o sul do estado e desafoga o complexo de atendimentos da capital, se tornando portanto peça chave para a saúde pública do estado.

Com relação as epidemias foram todas devidamente controlada, e cabe uma parte especial à Dengue. Saímos de uma grave epidemia de 2009-2010 de quase 5000 casos com 7 óbitos, para um número oficial de 67 casos confirmados no ano todo de 2011. Contudo esse será de fato o ano de teste para as equipes, já que segundo estudos epidemiológicos, provavelmente esse deva ser o ano de entrada de nova epidemia, portanto todo cuidado deverá ser pouco.

Para o ano que entra os desafios são gigantes, manter um patamar no nível que a saúde pública alcançou em 2011 é tarefa das mais dificeis. Teremos problemas gerenciais e estruturais a resolver, como por exemplo planejar melhor e agilizar mais as nossas compras; Sanar problemas isolados que tendo em vista grande propagação da mídia acaba por manchar a imagem da nossa saúde pública; Isolar mais e mais as pressões politicas para que nossos profissionais possam trabalhar pensando unica e exclusivamente no que mais sabem fazer; Debelar com agilidade cada novo foco de doença que possa surgir; Aprimorar a cada dia o casamento fundamental da saúde pública - Vigilância X Atenção Primária.

Ao fazer essa análise e conhecendo de dentro o trabalho e os possicionamentos profissionais de nossa secretária e exaltando o grandioso trabalho de unificação e aceleração das ações de saúde que ela realizou em 2011, e conhecendo a equipe ao seu lado - que tenho orgulho de fazer parte - que agora está mais calejada e experiente, vislumbro um 2012 de muita saúde para todos os Douradenses. Seremos em um muito curto espaço de tempo modelo de estrtutra de saúde para todo SUS, podem ter certeza disso; É só não atrapalherem mais.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O poder da pose

por Alysson Muotri |categoria Espiral

Durante uma conversa, nossa imagem corporal fala mais intensamente sobre nós do que a linguagem verbal. Nossos gestos e postura dizem muito sobre nosso estado emotivo, sobre nossa história individual. Podemos perceber com certo grau de confiança se uma pessoa tem personalidade forte, se é simpática, confiável ou honesta através da observação gestual.

Isso acontece porque somos programados para perceber gestos e expressões faciais de outros humanos muito rapidamente, em frações de segundo. O fenômeno é parte de um processo evolutivo que lapidou nossas redes neurais e nos deixou como agentes sociais. As consequências são enormes: eleições são definidas pela imagem, quem será promovido, quem será o escolhido em certo contexto, enfim, a linguagem não verbal é parte essencial da vida humana.


Mais precisamente, a forma como nossos braços e pernas se comportam em determinada situação passam uma mensagem inconsciente, assimilada pelos que estão a nossa volta. Braços abertos, mãos na cintura, rosto erguido, peito estufado formam um conjunto poderoso que reflete nosso estado emocional. Esse tipo de “pose de poder” transmite uma mensagem de que somos perigosos, agressivos. Acontece da mesma forma com outros animais (pavão, gato, peixes, gorila, etc) quando colocados em situações de risco. O mesmo acontece com nossa expressão facial, quando nos sentimos felizes, sorrimos.

Mas se o corpo transmite esse tipo de mensagem, será que o inverso funcionaria também? Será que sorrir propositadamente nos faria ficar mais felizes? Ou apoiar os braços na cintura nos deixaria mais poderosos? Esse tipo de experimento foi executado pela pesquisadora Amy Cuddy, professora de psicologia de Harvard. O grupo de Amy estava interessado em descobrir se podemos modificar nosso estado emocional usando o corpo, através de modificações fisiológicas afetadas pela postura.

Amy focou em posições de poder, aquelas em que expandimos nosso corpo, braços pra cima e peito aberto, como se estivéssemos celebrando uma vitória ou conquista. Esse tipo de gesto comunica e reflete poder. O oposto disso são poses “fracas” ou deprimidas, em geral com braços cruzados, mãos tocando a face ou pescoço, cabeça baixa e ombros curvados pra frente. Os experimentos foram bem simples. Voluntários entravam no laboratório e os níveis de testosterona e cortisol eram medidos imediatamente pela saliva.

Testosterona é um hormônio associado a dominância e agressividade, em geral, presente em altos níveis em pessoas com tendência a liderança. O cortisol é um hormônio relacionado ao estresse. Líderes têm baixos níveis de cortisol e por isso toleram melhor o estresse. Depois disso, os voluntários foram instruídos a ficarem em posições de poder ou poses “fracas” por 2 minutos em um quarto isolado. Em seguida, foram convidados a participar de uma aposta e podiam optar se queriam ou não correr o risco. Ao final do experimento, os níveis de hormônios foram medidos novamente. O processo todo levou em torno de 20 minutos.

Os resultados mostraram que aqueles que ficaram em posições de poder tinham uma tendência maior a fazer a aposta, indicando uma tendência a assumir uma atividade de risco. Surpreendentemente, os níveis de testosterona subiram e o cortisol diminuiu significativamente nesses indivíduos. O oposto aconteceu com as pessoas que permaneceram com as poses fracas. Um segundo experimento mostrou que pessoas que ficaram em poses de poder por dois minutos antes de uma apresentação oral, tiveram uma melhor comunicação e melhor índice de aceitação do que os que ficaram com as poses deprimidas ou fracas. Um único detalhe: alguns indivíduos ficaram tão confiantes que passaram a dominar o ambiente, gerando um desconforto com consequências negativas.

Os dados são tão claros que fica até fácil por em prática. Antes de uma situação de estresse, como uma entrevista de emprego ou um encontro importante, pratique poses de poder por alguns minutos. Não fique no canto, encurvado no smartphone, mas procure fazer um alongamento e expandir o corpo. O sucesso não é garantido, mas vai com certeza ajudar na sua desenvoltura e projeção. Só tome cuidado pra não exagerar na dose e acreditar que é um super-homem. A consciência da própria limitação é também uma das melhores qualidades nas pessoas de sucesso

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O Papel do CEREST

Edu Marcondes

Dentre as atividade de vigilância em saúde da modernidade, temos uma que é bastante conhecida, muito debatida, mas que poucas vezes é entendida em sua concepção e função insitucional. Estou me referindo a saúde o trabalhador, que é executada pelo órgão conhecido como CEREST.

Em Dourados-Ms, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, tenho tido a oportunidade de estar a frente desse programa, do ministério da saúde que é de extrema relevância para o sistema de porém muito pouco entendido pelas pessoas, tando usuários quanto profissionais. Colocar na cabeça dos envolvidos que o programa é uma atividade de vigilância em saúde e como tal, tem por doutrina básica as ações de prevenção, não tem sido tarefa fácil.

Quando se fala em saúde do trabalhador, de imediato, nos vem a cabeça a atuação sindical, e geralmente de grandes empresas empregadores de grande número de funcionarios com elevado quantitativo de notificações de agravos dessa natureza. Em face disso nos deparamos com um estrutura totalmente enviezada e equivocada do papel do CEREST nessa realidade. Não é raro observarmos o programa se confundir com o papel dos órgãos previdenciarios, e ser buscado por pessoas querendo atestados médicos e afastamentos do trabalho. Não é raro também verificarmos um viés assistencialista muito marcante, sobretudo em atendimentos ortopédicos e fisioterapeuticos. 

A história mostra que os CEREST´s acabaram sendo montados com repasses financeiros veiculados a contas de média e alta complexidade dos municipios, o que acabou gerando enormes distorções, tanto de atuação quando de uso indevido de recursos que seriam voltados a ações preventivas em grandes territórios de atuação, e é comum verificar que os recursos por vezes financiaram clinicas de fisioterapia que demandam grande esforço do programa, mas que não tem a minima condição de priorizar o atendimento ao trabalhor, elas acabam via de regra reforçando a rede de atenção desses municipios. É possivel verificar também o uso em melhorias da rede primária sem o devido aproveitamento por parte da saúde trabalhador.

O fato é, que isso até poderia ter sido feito, contudo não é a prioridade funcional do programa, e sim um complemento que pode ser usado à assistência dos trabalhadores em situações específicas e pontuais. O CEREST na verdade deve constituir um órgão de vigilância e não de atenção especializada, visto que a assistência aos trabalhadores, é obrigatória pela lei 8080, e é um dever da rede atendê-lo em suas necessidades.

As equipes de CEREST, são pequenas, formadas por um médico, um enfermeiro, um psicólogo, um assistente social, e um fisioterapeuta - para municípios do porte de Dourados-Ms, por exemplo - de forma que torna-se impossível uma equipe dessas atender  a demanda de todos os trabalhadores de determinado território. Essa equipe na verdade é constituida com intuito bastante claro de promover ações de identificação de agravos, promoção à saúde e prevenção. Devem sair de dentro de casa e ir ao encontro de, todo quanto possível, trabalhador de seu território para oreintá-lo e previní-lo de agravos de natureza laboral.

Como todo órgão de vigilância tem sua possibilidade de aplicação de sanções legais por meio de atuações em conjunto com a vigilância sanitária, sendo porém que deve ter o foco voltado a ações constantes e de rotina para buscar a promoção de atitudes corretas dos trabalhadores. É preciso lembrar sempre que também como todo órgão de vigilância causa incomodo por tratar de mudar o comportamento, porém se realizado como dever de oficio, tem um papel de relevância destacada no sistema de saúde em seus territórios de atuação, pois óbviamente diminuem a demanda de atendimentos de todos os níveis em uma rede de saúde.

Há que se destacar por fim o grande impacto social que os agravos de trabalho tem, desde a diminuição temporária das forças de trabalhos, até o elevado custo financeiro que geram esses trabalhadore licenciados às previdencias do país, bem como o custo efetivo e direto da saúde pública para atender e reabilitar esses agravos. E só para tornar mais prática essa afirmativa basta lembrar que um cidadão se deslocando de casa ao trabalho quando se acidenta, é considerado acidente de trabalho.

O CEREST não é o órgão indicado para licença ou atestados de trabalho, ele deve doutrinariamente buscar a prevenção desses agravos, justamente para desafogar o sistema previdenciario e o de saúde de forma que não podem se confundir na forma de atuar. Ele é definitivamente de vigilância e não de atenção à saúde, e portanto deve estar compartilhado, porém como dizem popularmente: cada um com seu cada um.