sábado, 14 de abril de 2012

Fiocruz lança periódico especializado em vigilância sanitária

Por - Pablo Ferreira
Fiocurz - http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=4605&sid=9

A partir de agora, pesquisadores e profissionais de saúde que se interessam pela área da vigilância sanitária poderão contar com um importante canal de intercâmbio de conhecimento e experiências: foi lançado nesta sexta-feira (13/4) o periódico científico Vigilância Sanitária em Debate – Sociedade, Ciência e Tecnologia (Visa em Debate). A revista será trimestral, exclusivamente online e de acesso gratuito. A página eletrônica, que pode ser acessada aqui, já se encontra disponível para receber artigos, mas no momento somente para cadastro de autores e para recepção de artigos. O primeiro número de fato está previsto para o segundo semestre deste ano. Até aqui, a vigilância sanitária não contava com uma revista especializada na área. Visa em Debate, que será editada pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), pretende preencher essa lacuna e para tanto conta não só com o apoio da Fundação, como também da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).


Em seu discurso de apresentação, o editor científico da revista, o químico e ex-diretor do INCQS André Gemal, afirmou que “sociedade, ciência e tecnologia estão cada vez mais ligados pela disseminação do conhecimento”. Conhecimento este que deve interferir e debater as relações produtivas, objetivando um uso mais correto e racional dos bens de consumo ligados à saúde da população.
A cerimônia de lançamento do site do periódico ocorreu no auditório do INCQS e, além de Gemal, contou com as presenças do presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, da diretora do Núcleo de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento da Anvisa, Daniella Guimarães, da vice-presidente de Ensino, Educação e Informação da Fiocruz, Nísia Trindade, do diretor do INCQS, Eduardo Leal, e de diretores e representantes de outras unidades da Fundação.

Polo Industrial da Saúde terá investimento de R$ 170 milhões


A instalação da fábrica de vacinas do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz), em Eusébio (Região Metropolitana de Fortaleza), foi confirmada e anunciada pelo coordenador da implantação da nova unidade da Fiocruz no Ceará, Carlile Lavor, em reunião da Câmara Setorial da Saúde na Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece). O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, e o diretor de Biomanguinhos, Artur Couto, em reunião anterior, com o governador do Ceará, Cid Gomes, haviam solicitado uma área de 20 hectares contígua ao polo, em Eusébio. Lavor disse que o governador autorizou a desapropriação do terreno para a fábrica de vacinas, além dos dez hectares já desapropriados e pagos para a instalação da unidade da Fiocruz no polo. A primeira fábrica de vacinas da Fiocruz fora do Rio de Janeiro conta, no orçamento deste ano, com R$ 20 milhões para o Polo Industrial da Saúde. Mais R$ 150 milhões destinados ao empreendimento estão autorizados para o triênio 2013/2015 – R$ 50 milhões por ano.


 Produção de vacinas em Biomanguinhos
Produção de vacinas em Biomanguinhos


O projeto de arquitetura das edificações está em desenvolvimento, com prazo de seis meses para ser finalizado. A licitação para o projeto foi de R$ 3,7 milhões. Para Lavor, a interação de industriais e pesquisadores na área de saúde é estimulada pelo governo federal, pois o Brasil hoje importa muito mais insumos do que exporta. “Para ter produto novo, precisa de mais pesquisa com os industriais, naturalmente, com o Estado junto”, afirmou.

As ações serão acompanhadas pelo Comitê Gestor do Polo da Saúde, que foi constituído pelo governador do Ceará após o anúncio do investimento na nova fábrica de Biomanguinhos. Integram o comitê, presidido pelo presidente da Adece, Roberto Smith, o presidente da Câmara Setorial da Saúde, Francisco das Chagas Soares, os secretários de Saúde, Arruda Bastos, de Ciência e Tecnologia, René Barreira, e da Infraestrutura, Adail Fontenele, além da Sinquímica e a Fiocruz. O gerente de Comércio e Serviço da Adece, Cecy Costa, diz que o comitê tem como foco a ação estratégica no processo da implantação do polo e a escolha das empresas que vão se instalar na área próxima a da Fiocruz.

Fonte: blog Desimbloglio de Informação - http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=4601&sid=9

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Mover-se é viver

por Paulo Coelho |categoria Todas

Estou numa festa de São João, com barraquinhas, tiro ao alvo, comida caseira. A única coisa curiosa é que, de determinado ângulo da rua de casas de dois andares, podemos ver os edifícios mais altos do mundo; a festa do interior está acontecendo em plena Nova York.
De repente, um palhaço começa a imitar todos os meus gestos. As pessoas riem, e eu também me divirto. No final, convido-o para tomar um café.
“Comprometa-se com a vida”, diz o palhaço. “Se você está vivo, você tem que sacudir os braços, pular, fazer barulho, rir e falar com as pessoas, porque a vida é exatamente o oposto da morte”.
“Morrer é ficar sempre na mesma posição. Se você está muito quieto, você não esta vivendo”.

Mãos limpas



Está disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o Relatório sobre Autoavaliação para Higiene das Mãos (HM), que apresenta os resultados brasileiros para um instrumento elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), informou o Portal Anvisa (2/3).

 O trabalho revela dados sobre as rotinas de segurança sanitária de gestores e profissionais que trabalham em estabelecimentos de saúde do país. A higienização das mãos é o procedimento mais importante e barato para evitar a transmissão de infecções relacionadas à assistência à saúde.

A pesquisa, inédita, teve participação de 901 estabelecimentos de saúde que responderam a questionário disponível no site da Anvisa, entre 4 de maio e 31 de dezembro de 2011. A adesão foi voluntária.
Os resultados mostram que 70% dos estabelecimentos de assistência à saúde dispõem de orçamento exclusivo para a aquisição contínua de produtos e que 75% deles contam, ainda, com auditorias regulares para avaliar se álcool gel, sabonete e toalhas descartáveis, entre outros, materiais estão disponíveis. De acordo com o relatório, também, 99% dos serviços contam com água corrente limpa, 93%, com sabonete em todas as pias, 92%, com toalhas descartáveis em todos os lavatórios. Em 70% das instituições há cartazes com as indicações de higienização das mãos.

Com base nas respostas, a equipe da Anvisa avalia que ainda é necessário grande esforço por parte dos estabelecimentos de assistência à saúde em áreas importantes. Em 66% deles não existe um sistema de observadores para verificação da adesão à higienização e 68% não contam com orçamento específico para capacitação e treinamento sobre o tema.

Outro problema é que em 77% dos estabelecimentos o profissional de saúde não tem retorno sobre os dados de adesão à higienização das mãos. “Seria importante essa devolutiva para o profissional perceber que sua prática está sendo monitorada e assim ter estímulo para continuar e aperfeiçoar”, disse a gerente de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde da Anvisa, Magda Costa.

Fonte: Revista Radis
http://www.ensp.fiocruz.br/radis/revista-radis/116/sumula/maos-limpas

O ‘A B C D E’ das hepatites virais

Hepatite A
Também conhecida como hepatite infecciosa, é transmitida de pessoa para pessoa, por meio de água, alimentos e objetos contaminados pelo vírus ou por mãos mal lavadas e sujas de fezes. Quando surgem, os sintomas mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras, de 15 a 50 dias após a infecção. O diagnóstico é realizado por exame de sangue específico.
A hepatite A costuma ter evolução benigna, não deixando sequelas. Mais grave em adultos, pode causar insuficiência do fígado e ser fulminante — o que acontece em menos de 1% dos casos. A doença é totalmente curável quando se segue a recomendação médica.
A melhor forma de se evitar é melhorando as condições de higiene e de saneamento básico: lavar as mãos; lavar bem, com água tratada, os alimentos que são consumidos crus; cozinhar bem os alimentos, principalmente frutos do mar e carne de porco; lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras; não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, poças; evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios.
O SUS disponibiliza vacina específica contra o vírus causador da hepatite A, mas esta só é recomendada em situações especiais, como para pessoas com outras doenças crônicas no fígado ou que fizeram transplante de medula óssea. Aqueles que já tiveram hepatite A apresentam imunidade para a doença, mas não estão livres de contrair as outras hepatites virais.
Hepatite B
O vírus B pode estar presente no sangue, no esperma e no leite materno, portanto, suas causas de transmissão são: transfusão de sangue contaminado; relações sexuais sem camisinha com pessoa infectada; de mãe infectada para o filho durante a gestação, parto ou amamentação; ao compartilhar material para uso de drogas, de higiene pessoal ou de confecção de tatuagem e colocação de piercings. A maioria dos casos não apresenta sintomas, mas os sinais (os mesmos da hepatite A) podem aparecer de um a seis meses após a infecção.
A doença pode se desenvolver de formas aguda (quando a infecção tem curta duração) e crônica (quando dura mais de seis meses). Se necessário, o paciente é tratado com medicamentos. O risco de a doença tornar-se crônica depende da idade em que se dá a infecção. As crianças são as mais vulneráveis: nas com menos de um ano, o risco chega a 90%. Em adultos, o risco cai para 5% a 10%.
O diagnóstico é feito por meio de exame de sangue específico. Toda mulher grávida precisa fazer o teste para evitar a transmissão de mãe para filho.
Há vacina contra a hepatite B disponível no SUS para pessoas com até 29 anos ou que pertençam a grupos de maior vulnerabilidade (grávidas, trabalhadores da saúde, bombeiros, policiais, manicures, populações indígenas, doadores de sangue, gays, lésbicas, travestis e transexuais, profissionais do sexo, usuários de drogas, pessoas com DST). A imunização só é efetiva após três doses. Usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal também são formas de prevenção.
Hepatite C
A transmissão da hepatite C ocorre principalmente pelo sangue. As outras formas de transmissão são semelhantes às da hepatite B; porém, a via sexual e a de mãe para filho são menos frequentes.
Não existe vacina contra a hepatite C, mas a doença pode ser evitada ao não se compartilhar seringa, agulha e objetos cortantes com outras pessoas e ao se usar camisinha em todas as relações sexuais.
Hepatite D
Só tem hepatite D quem foi infectado pelo vírus da hepatite B. A gravidade da doença depende do momento da infecção. No caso da infecção simultânea dos vírus D e B, manifesta-se da mesma forma que a hepatite aguda B — não há tratamento específico e a recomendação consiste em repouso e alimentação leve e proibição do consumo de bebidas alcoólicas por um ano.
Se o portador do vírus B é infectado posteriormente pelo vírus D, o fígado pode sofrer danos severos, como cirrose e formas fulminantes de hepatite. Esta é a principal causa de cirrose hepática em crianças e adultos jovens na região amazônica do Brasil.
Sua forma de transmissão é igual à das hepatites B e C. Como a hepatite D depende da presença do vírus B para se reproduzir, as formas de evitá-la são as mesmas do tipo B da doença.
Hepatite E
A doença é rara no Brasil, mas comum na Ásia e na África. Sua transmissão e suas formas de prevenção são iguais às da hepatite A. Na maioria dos casos, a doença não requer tratamento, sendo proibido o consumo de bebidas alcoólicas e recomendado repouso e dieta pobre em gorduras. A internação só é indicada em pacientes com quadro clínico mais grave, principalmente grávidas.