sábado, 16 de junho de 2012

PARCERIA ENTRE CFMV, MEC E MINISTÉRIO DA SAÚDE



PARCERIA ENTRE CFMV, MEC E MINISTÉRIO DA SAÚDE DISPONIBILIZA PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS PARA TODOS OS MÉDICOS VETERINÁRIOS
Os profissionais de Medicina Veterinária, devidamente registrados no Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), terão acesso ao portal “Saúde Baseada em Evidências” (http://periodicos.saude.gov.br) do Ministério da Educação (MEC - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior- Capes) e o Ministério da Saúde (MS).
O acesso foi possível graças a uma parceria entre o MEC e o CFMV que, com garantia de segurança, enviou os dados dos profissionais. A mesma parceria está sendo realizada com Conselhos de outras 14 profissões da área da saúde e a expectativa é de que a informação chegue a aproximadamente 1,8 milhão de profissionais de saúde registrados no país. Os dados do CFMV foram enviados na última terça-feira, dia 12.

O portal Saúde Baseada em Evidências é uma página eletrônica de pesquisa, que reúne conteúdos científicos e publicações sistematicamente revisadas com protocolos clínicos baseados em evidências. A iniciativa permite acesso às informações acadêmicas para que os profissionais da área de saúde possam fundamentar suas decisões. No site eles encontrarão diversos conteúdos científicos, destinados à saúde baseados em evidências, para apoiá-los na prática clínica. As informações oferecem suporte para a realização de diagnósticos e a escolha do tratamento, entre outros procedimentos.

O acesso será feito com um login, que será o número do registro profissional, e uma senha, que será criada por ele. Essas informações possibilitam - posteriormente - ao Ministério da Saúde identificar o perfil do usuário, bem como as publicações e assuntos que foram consultados.
Para o presidente do CFMV, Benedito Fortes de Arruda, a cooperação do CFMV auxiliará na qualidade do trabalho dos Médicos Veterinários. “A contribuição do CFMV não termina somente com os dados. Vamos também ajudar na divulgação sobre o portal e na identificação e sugestão de novos periódicos adequados à ferramenta”.

Terão acesso ao conteúdo os profissionais das áreas de Biologia, Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Psicologia e Serviço Social.

BASE DE DADOS
A base de dados do portal foi selecionada a partir de um levantamento realizado por pesquisadores e docentes de universidades públicas do País, que considerou a relevância e a atualização do conteúdo disponibilizado. O material foi selecionado para atender às principais necessidades dos profissionais de saúde.
Base de Dados
Resumo
Rebrats
Engloba estudos nacionais na área de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS), desenvolvidos por pesquisadores brasileiros, com temas prioritários para o sistema de saúde nacional.
Embase
Ferramenta online com revisões sistemáticas em áreas como farmacologia, ciências farmacêuticas, toxicologia; alergia e imunologia, oncologia, neurologia, cardiologia, química medicinal e descoberta de drogas.
ProQuest Hospital Collection
Além de publicações periódicas, inclui a ferramenta de cálculo e análise de estatísticas de medicina baseada em evidência Medical Evidence Matters, que permite avaliar opções terapêuticas para condições médicas conhecidas.
Atheneu livros Virtuais
As publicações abrangem conteúdos relacionados às área de enfermagem; nutrição; fisioterapia; saúde coletiva; alergologia e imunologia clínica; anestesiologia; cardiologia; cirurgia; doenças infecciosas e parasitárias; medicina laboratorial; endocrinologia; fisiatria; gastroenterologia; geriatria; ginecologia e obstetrícia; nefrologia e urologia; neurologia; odontologia; oncologia; traumatologia; otorrinolaringologia; pediatria; psiquiatria; pneumologia; histologia; farmacologia; fisiologia; microbiologia; além de engenharia biomédica.
Micromedex
Oferece acesso a dois módulos: Diseasedex – Emergency Medicine, que apresenta dados e informações para as primeiras 72 horas de uma emergência médica, como suporte à vida, tratamentos e apresentação clínica e Diseasedex – General Medicine, que engloba o período posterior às primeiras horas de uma emergência médica, como prevenções, sintomas e complicações com informações baseadas em evidências referenciadas.
Dynamed
É uma ferramenta de referência clínica para uso no local de tratamento, criada por médicos para médicos. Contém sumários clinicamente organizados e inclui calculadoras médicas.
Best Practive –British Medical Journal (BMJ)
Base de dados em prática médica que fornece informações detalhadas sobre como fazer diagnósticos, incluindo testes, diagnósticos diferenciais e diretrizes.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Controle da Tuberculose – Abordagem do Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde

Por Edu Marcondes


Outra relevante área da vigilância e que foi abordada e debatida durante o congresso, é o controle da tuberculose e hanseníase. Doença que a cada dia ganha importância  por já ser hoje a principal causa de morte entre as pessoas portadoras de HIV.


O Ministério da Saúde, dentro da diretoria de vigilância em saúde, possui um programa que trata apenas de monitorar e desencadear as ações de prevenção à esse agravo. Em Dourados, temos essa mesma estrutura e desenvolve as ações conforme preconizado, tendo tido elevado êxito no tratamento desses pacientes.


Foi portanto que grande interesse que pudemos participar desse debate no congresso, sendo que a principal abordagem foi quanto ao perfil epidemiológico da doença no país que apresenta hoje curva ascendente de novos casos. Sendo que diante desse quadro demonstrou-se a importância de prover notificações eficientes e tratamentos completos.


Quanto se trata de tuberculose fica evidente, alguns complicadores que são facilmente comprovados pela prática do dia a dia do Centro de Referência em Dourados. A primeira delas de é envolver e sensibilizar a atenção primaria com relação ao seu papel de diagnóstico e tratamento acompanhado dos casos em seu território, segundo os debates fica demonstrado que o papel dos Centros de Referência são essencialmente de suporte diagnóstico e de casos com complicadores.


A coleta de material, fechamento de casos e acompanhamento, segundo consenso da oficina foi de que, esse papel deve ser assumido como rotina na atenção, não cabível o envio rotineiro de casos suspeitos para coleta de material e exame clinico nos centros de referência, isso deve pontuado sob a ótica de fortalecimento da atenção.


Os Centros de Referencia tem sim um papel extremamente relevante nesse contexto, que o de dar acompanhamento de rotina nas unidades, supri-las de informações dirimir as dúvidas quanto as notificações, tratamentos, e diagnósticos; E obviamente assumir os casos relevantes.


Por essa visão fica mais uma vez demonstrada a diretriz hoje em empregada no SUS, a integração Vigilância/Atenção e o foco na promoção a saúde prevenção de agravos, de forma que passa a ser esse o mais relevante papel do Centro de Referencia em Tuberculose e Hanseníase.


É importante definir que o papel da prevenção, aliado ao desafio constante de melhorar as notificações de forma cada vez mais precoce, assim como ter como meta numero 1 o objetivo de se concluir todos os tratamentos.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Imunizações, novidades propostas

Por Edu Marcondes


Na seqüencia das oficinas do congresso, foi tratado o tema imunizações. Que esse programa é um dos de maior êxito no sistema de saúde é fato, mas que precisa de avanços também. Nos debates apresentados na oficina ficou delineado alguns pontos que precisam ser trabalhados pelos municípios.

Como em todos os demais debates fica o orgulho de saber que Dourados tem uma rede muito ampla e bem montada, e ainda que tenhamos dificuldades operacionais e de manutenção ela é muito bem estruturada se comparada com a média das demais cidades de mesmo porte.

Com relação especifica ao programa nacional de imunizações, foram exaltados os resultados até hoje obtidos, e os amplos índices de cobertura vacinal, tendo sido citado os bons resultados de campanhas. Falou-se da campanha de influenza, que consolidou uma boa segurança e diminuição considerável de casos graves e óbitos, mas que até a data de 12 de junho o índice nacional estava com mais de 79%.  Mais um ponto para Dourados que atingiu o índice, ainda dentro da campanha.

Houve debato com conclusão consensual de que apesar dos resultados positivos há bastante o que avançar, sobretudo na vacina de adultos, e na manutenção de altos índices de cobertura durante todo o programa infantil, como forma que sejam evitadas campanhas de segmento e necessidade de campanhas especificas par grupos. É muito claro que a criança no decorrer do protocolo vai deixando de comparecer para vacinação. Enquanto fase de amamentação as coberturas são contundentes, e a manutenção dessa característica é fundamental.


Há uma característica importante e muito bem demonstrada, com relação a queda de cobertura da tríplice viral, e que tem possibilitado aparecimento de casos isolados de coqueluche e sarampo, isso precisa ser visto com empenho pelos municípios. Além disso a necessidade de que haja uma estratégia de busca desse casos se faz prioritário, sendo que aqui temos mais um ponto positivos para nossa cidade – As ações compartilhadas de vigilância em saúde, possibilitam que possamos fazer essas buscas especificas.


O aprimoramento constante do programa e das vacinas é um objetivo claramente demonstrado pelo Ministério da Saúde. Foi anunciada a oficialização da introdução da pólio inativada, injetável, sendo que as campanhas serão mantidas apenas com foco mobilizador, e busca de casos que estejam desatualizados pelo programa oficial.
 
Em todo o contexto até então debatido, desde a promoção e imunização, fica evidente que as atividades de vigilância devem ser vistas como rotina, e ai as nossas ACVS mais uma vez apareceram com destaque de aproximação e trabalho efetivo nesse sentido, coisa que pouquíssimos municípios brasileiros consegue fazer.
 
Com relação a parte estrutural, a diretriz do ministério, fala em melhor estruturação das redes de frio e das salas de vacina; Foi anunciado que em breve estará aberta uma linha de projetos oficias para essa finalidade. Dourados, mais uma vez está bem, pois apesar dos nossos problemas, nos temos uma estrutura funcionando, poucos municípios o têm. Grande parte depende de campanhas, ou de serviços centralizados.
 
Por fim a necessidade de ampliação do SI-PNI, e da rede de informatização deve ser tratada pelos municípios como prioridade. Para nossa cidade essa deve também ser uma prioridade, pois nisso precisamos de fato avançar bastante. O sistema nacional busca se tornar uma plataforma on-line e ligada ao cartão SUS, para ter um maior controle  das carteiras de vacina, de forma que não se vacine mais de uma vez a mesma criança; De que forma será feito, ainda não se sabe, o compromisso ficou de que isso será tratado como prioridade.
 
Bem o acompanhamento das atividades, seguem, e o próximo tema será tuberculose, e compromisso de gestão.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Saúde faz campanha sobre DSTs na Praça Antonio João

Fonte: Assecom Foto: A. Frota
 
 
 
Equipes do Programa Municipal DST\Aids e Hepatites Virais, da Secretaria de Saúde de Dourados, realiza até às 16h desta terça-feira uma campanha educativa de prevenção contra a Aids, alusiva ao Dia dos Namorados.

Desde 9h, folhetos educativos e preservativos estão sendo entregues na Praça Antonio João. Agora à tarde também estão sendo distribuídos brindes. Pessoas que passam pela praça aproveitam a presença dos agentes do DST para pedir informações sobre a doença e como ter acesso ao teste rápido.

O coordenador do Programa DST\Aids e Hepatites Virais, Sérgio Henrique Martins Roas, explicou que a campanha neste Dia dos Namorados busca incentivar os jovens a fazer o teste rápido. “É um trabalho formiguinha, que aos poucos vai conscientizando a população”, destaca.

Com o tema “Pratique o amor. Se tiver sexo, que seja seguro”, a ação faz parte da campanha “Fique Sabendo”, do Ministério da Saúde. Sérgio Henrique cita pesquisa nacional mostrando que 70% dos jovens entre 15 a 25 anos nunca fizeram o teste. A preocupação é que a Aids vem aumentando entre essa população. “Nossa meta é aumentar a cada ano em 30% o número de testes, pois é só através dele para ter um diagnóstico”.

O coordenador aproveitou para destacar que a prevenção com o uso de preservativo evita outras doenças e a gravidez indesejada.

Promoção à Saúde é a bola da vez quando se fala em vigilância

Por Edu Marcondes




Desde ontem e até dia 15 estou tendo a oportunidade de participar do XXVIII congresso nacional de secretarias municipais de saúde, organizado pelo CONASEMS, em Maceió - AL. É bom destacar que graças ao premio que ganhamos no congresso estadual, estamos representado Dourados-Ms, com o nosso trabalho “Ações compartilhadas de Vigilância em Saúde – Uma estratégia de integração entre a Vigilância e a Atenção Primária”.

A primeira impressão com relação ao congresso foi das melhores, a organização está muito boa e Maceió é muito agradável. Quanto ao nosso trabalho, nós de Dourados, sabemos muito bem o quanto essa estratégia das ACVS foi salutar e contribuiu em nossa rede de saúde.

Muito bem, mas feitas as considerações, passemos as análises das atividades. Os dois primeiros dias foram dedicados a realização oficinas, foram 8 a total, tratando de legislação, formação de consórcios, participação do controle social, contratualização e financiamento, fortalecimento da atenção, educação continuada, e claro integração vigilância e atenção. Como não poderia deixar de ser me inscrevi na oficina “A vigilância em Saúde  na Sustentabilidade do SUS”.

Para meu orgulho e confirmação, da sensação que sempre tive; Realmente Dourados está no rumo certo, quando se fala em vigilância. Por tudo que foi discutido e debatido até aqui, fica claro que o objetivo principal de uma estrutura de vigilância deve ser a promoção à saúde e a prevenção, de forma articulada com a atenção e todos os demais atores envolvidos. É urgente a quebra de paradigma com relação aquela a vigilância estática e policialesca.

Contudo uma coisa também fica evidente, as diretrizes propostas pelo ministério da saúde ainda são uma fala distante da fala dos municípios, sobretudo pelo aparelhamento e estruturação da vigilância. A falta de entendimento e o preconceito dos gestores com relação a importância dessa estruturação também são um entrave, sendo que não há, por parte do ministério da saúde, uma proposta eficaz, em fazer que a estrutura necessária, seja de fato cumprida pelos prefeitos.

Foi exaustivamente da necessidade da vigilância assumir o papel de promoção em saúde, sendo que o entendimento é de que a promoção se faz por meio melhora das condições de sociabilidade das cidades. Falou-se muito em implementação efetiva da rede de DANT´s e dos programas de academia da saúde e saúde na escola como forma de fomentar essa melhor condição social.

De fato em locais onde se obtenha melhor condição de vida, com pratica regular de atividade física, melhor educação e conhecimento e sem violência, tendo a isso aliado a boa alimentação e ambiente de vida salubre, fatalmente os indicadores de saúde são melhores. Isso não é novidade para ninguém da saúde pública, é novidade que isso deva estar atrelada as ações da vigilância do município.

Em Dourados-Ms, já víamos enfatizando esse tipo de idéia, mas sem ter a real dimensão de que talvez os programas de promoção, que hoje estão atrelados ao departamento de atenção, fossem incluídos no departamento de vigilância.

Enfim, nesse inicio de trabalho fica a certeza de que nossa cidade de fato está muito consolidada em termos de vigilância em saúde, sendo que levo a proposta a ser tratada com nossa secretaria de promover esse pequeno ajuste estrutural, acoplando os programas de promoção efetivamente ao DVS. Vejamos agora o que virá pela frente, de forma que iremos daqui informando quais os caminhos que o Ministério da Saúde está preconizando para  o nosso SUS.