sexta-feira, 6 de julho de 2012

Vigilância – A serviço da Saúde Pública

Por Edu Marcondes



Para se falar de vigilância poderia ser utilizado a metáfora de uma equipe de futebol, ou um time de qualquer esporte. Mas dada as atribuições e as características de ação hoje sob responsabilidade, essa estrutura está mais para um exército. Sim, porque num time o universo de componentes não passa de 20, 30 ou 40 componentes.



Em nossa cidade a composição do Departamento de Vigilância em saúde ultrapassa, os 200 profissionais, maior que muita secretaria de vários municípios. Essa grandeza não é exclusividade de dourados, todas as cidade acima de 200 mil habitantes, e tenha minimamente estruturada sua vigilância certamente terá um efetivo de um exército. Um exército da promoção da saúde!



Bem o fato é que, a cada dia a vigilância e a promoção da saúde se fazem imprescindíveis ao Sistema Único de Saúde, e o nó está justamente no fato de que pouquíssimos profissionais envolvidos, sabem como fazer promoção. Quase ninguém tem a capacidade de atuar de forma coordenada interdisciplinarmente, e principalmente atuar em prevenção e promoção.



Não é preciso dizer que o sistema sem cobertura de uma rede de atenção primária, sem vigilância e sem promoção, é um sistema em colapso. Principalmente porque a rede hospitalar apesar de fundamental é e sempre será insuficiente, para atender a demanda.



Frente a isso cada vez mais a gestão vê a necessidade emergencial de garantir atividade de prevenção e que levem a mudança de comportamento das pessoas. E ai a vigilância é peça fundamental que pode dar o suporte devido para a atenção consiga efetivamente produzir uma mudança comportamental coletiva que leve a prevenção dos principais agravos que hoje tornam insuficientes os recursos do SUS.



Para tanto é preciso que todos foquem na situação onde a força coletiva produz as grades vitórias. Tanto na historia dos exércitos, quando na história das equipes esportivas, invariavelmente os momento épicos foram construídos com muita doação individual em prol do coletivo. As vitórias somente vieram e se eternizaram quando todos os envolvidos entenderam que eram realmente importantes, e passaram a confiar no companheiro ao lado.



O Pelé se eternizou, porque a equipe de 70 se eternizou. Porque todos tinham um compromisso incondicional em fazer a equipe boa. Eram 11 craques que desempenhavam suas funções com tanta excelência que o companheiro ao lado confiava de olho fechado e rolava a bola.



No caso do SUS, hoje vemos uma falta quase que total de integração e confiança entre os segmentos. Não vemos “os craques” assumirem com vontade sua função, e um rola a bola pro outro, apenas para se ver livre dela e não para resolver a situação.



É premente que os serviços municipais de vigilância comecem a se integrar entre e a seguir com a rede. É preciso que se sintam um time, um exercito que esteja com a alma envolvida em promover saúde, em dar suporte ao sistema para ele funcione como tem que funcionar. É preciso também que a atenção saia do marasmo, do comodismo e para de reclamar e assuma seu papel de verdade. Que se abra a integração e a parceria.



Os setores de apoio matricial como NASF, devem se comportar como os promotores permanentes de saúde no território em que atuam. Aqui em Dourados o inicio foi realizado, o ponta pé foi dado, e os resultados já aparecem claramente. É necessário que isso seja consolidado para que nunca mais a cidade possa ter a desarticulação do passado.



Hoje a cidade tem um verdadeiro exercito de vigilância a disposição da saúde. É preciso que todos entendam agora o que é de fato fazer vigilância e se unam a um exército maior ainda que se chama SUS. Pois isso sim é que trará a saúde a população precisa.




quinta-feira, 5 de julho de 2012

CCZ entrega animais para adoção

Por: Marli Lange - Do Progresso


O Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) entrega, em média, pelo menos 25 animais para adoção, a cada semana. “As pessoas se interessam, muitas vezes com pena dos animais ou para atender o pedido de um filho”, comenta o veterinário do CCZ, Fernando César Moreira Bastos. Nos últimos meses a média de adoção, principalmente dos cães, tem aumentado, tendo em vista a divulgação, inclusive através das ações comunitárias realizadas pela prefeitura nos bairros, onde os bichinhos aptos para adoção são levados.


CCZ de Dourados entrega animais para adoção já vacinados e vermifugados (Foto: Hédio Fazan/OPROGRESSO)



Fernando comenta que são muitos os animais abandonados encontrados nas ruas, a maioria doentes e precisando de vacina. Eles são levados para o CCZ onde são vacinados contra raiva, vermifugados e recebem medicação contra parasitas externos. Antes de serem entregues à adoção, os animais adultos são castrados. Os filhotes recebem remédios contra sinomose, viroses, entre outras.
O veterinário diz que, em muitos casos, os cães e gatos são levados para o CCZ após denúncias de maus tratos. Um exemplo típico são os moradores que viajam e deixam o animal sozinho em casa, muitas vezes passando fome ou sede, trancado no quintal. Isso normalmente acontece nos finais ou inicio de ano, em épocas de férias da família.
Em outros casos, o morador quer se desfazer do animal e procura o CCZ. Contudo, Fernando lembra que o CCZ não acolhe animais saudáveis, simplesmente porque a pessoa não quer mais o bicho. “Só acolhemos se estiver doente ou se a família vai mudar de cidade ou para um apartamento onde não pode levar o animal. São avaliados caso a caso”, explica o veterinário. Ele explica que para fazer a adoção é simples, basta um adulto comparecer no CCZ com os documentos pessoais.
MAUS-TRATOS
Antes de fazer uma denúncia de maus-tratos, a pessoa deve verificar se o que vai denunciar está mesmo fora da lei dos crimes ambientais (lei federal 9.605/98). O artigo 32 diz que “praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”, com três meses a um ano de detenção e multa. A mesma lei diz ainda que “incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos” e que “a pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal”.
APARTAMENTO
A lei (4591/64) e um artigo do Código Civil (artigo 544) amparam qualquer animal que viva em um condomínio de apartamentos, mesmo que a convenção de condomínio proíba, mas desde que o animal não perturbe o sossego, a salubridade e a segurança de quem mora no local.
A orientação é que a pessoa que pretende fazer a denúncia investigue, certifique-se de que se trata de um caso de maus-tratos, colhendo evidências, testemunhos que comprovem a situação. Sempre que possível, procurar conversar com o agressor, observando que os animais são protegidos por leis.
Pela Constituição de 1998, os animais são tutelados pelo Estado, ao qual cabe a função de protegê-los. Os atos de abuso e de maus-tratos configuram crime ambiental e devem ser comunicados à polícia, que registrará a ocorrência, instaurando inquérito.
A autoridade policial está obrigada a proceder a investigação de fatos que, em tese, configuram crime ambiental. Caso haja recusa do delegado, cite o artigo 319 do Código Penal, que prevê crime de prevaricação: receber notícia de crime e recusar-se a cumpri-la.
Outras informações sobre adoções ou denúncias de maus-tratos pelo telefone 3411-7753, do CCZ.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Dourados é destaque nacional com ações compartilhadas

Fonte: Assecom Foto: A. Frota



O município de Dourados foi escolhido como destaque nacional no Congresso Nacional das Secretarias Municipais de Saúde devido às ações compartilhadas, realizadas semanalmente nos bairros da cidade, como estratégia de integração entre a vigilância e atenção primária.

O evento que consagrou o programa aconteceu em Maceió, de 11 a 14 de junho, e contou com a participação de representantes de mais de 5.000 municípios. Durante o congresso foram apresentados mais de 700 trabalhos, sendo cinco classificados por região, e indicados nacionalmente pelo Conasems (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).

Dourados foi apontado como o melhor município do Centro Oeste e será um dos indicados do Conselho como destaque. No próximo dia 15 de julho, a revista informativa do órgão deverá publicar a metodologia aplicada nas ações compartilhadas, e servirá de modelo para todos os municípios do Brasil.

Para o diretor de Vigilância em Saúde Eduardo Arteiro Marcondes, “esse reconhecimento é motivo de orgulho porque mostra que estamos no caminho certo”. Ele acredita que “essas referências devem motivar a melhorar sempre, e confirma que Dourados tem sim, muita coisa boa a ser mostrada e a ser seguida”.