Por Edu Marcondes
Falar de saúde, é antes de tudo entender que ter
saúde, é viver bem. O duro é que todos entendam o que isso significa. Ter qualidade
de vida não é necessário ter bens materiais. É antes de tudo estar com o espírito
em paz.
O que leva cada um dentro de sua individualidade
a encontrar essa paz de espírito, definitivamente é muito subjetivo e
completamente individual. Portanto não me atrevo a entrar nesse contexto.
Contudo pode-se afirmar e ter a certeza de que várias questões são comuns e
ajudam a trazer se não completamente, pelo menos parcialmente essa qualidade de
vida a praticamente todas as pessoas.
O ambiente em que se vive diariamente, sem
qualquer pestanejar é uma dessas questões, digamos, universal. Não é possível
que alguém viva em paz de espírito em meio ao lixo e ao entulho. Muito mais que
isso, certamente essa pessoa ficará doente na acepção biológica da palavra.
O lixo, em sua definição mais primitiva pode
significar resíduo, resto, o que já foi usado. Justamente por isso não se deve
mais estar no meio das pessoas. O problema maior é que a sociedade moderna
criou tantas coisas, para sua vida cotidiana, que não faz idéia do que fazer
com o que sobra disso tudo.
Por isso vivemos em um mundo cheio de entulhos,
lixos, resíduos. Alguns até que são meros resíduos e que com o tempo acabam por
ser absorvidos pela própria natureza. Mas existem vários que são sérios
contaminantes. E quanto mais tecnológica fica nossa vida, mais perigosos e
danosos são nosso resíduos.
Quando se aborda esse tema uma das vertentes mais
claras, certamente é a do apelo ambiental. Sem dúvida ele deve ser considerado
primariamente, sobretudo pelo impacto direto que tem e terá, quanto as mudanças
que pode causar, e assim comprometer a existência humana nesse planeta; ou para
ser menos alarmista parte dele.
Fato concreto é que esses resíduos estão sim
afetando a o meio ambiente, prejudicando os equilíbrios de ecossistemas que
mantém a vida na terra. Os fatores climáticos ainda estão em amplo debate, mas
a impressão prática que se tem é que de uma forma ou outra, o clima já está
sendo também afetado. Com isso a produção de alimentos e a oferta de água doce
do planeta também.
Esses fatores já citados, são essenciais a vida
humana, e por si só já deveriam ser fundamentais para mudança de comportamento
global. Mas o problema causado pelo lixo tem um aspecto mais próximo de que
trabalha com saúde pública.
Sabemos todos que a propagação de doenças se dá
sob influência direta de aspectos climáticos e ambientais. Boa parte das
doenças corriqueiras da civilização atual obedece a modelos epidemiológicos que
definem sua sazonalidade. As gripes e a Dengue pode ser os exemplos mais conhecidos.
E se o lixo mudar o perfil do nosso clima, certamente transformará o
comportamento de dispersão dessas e de diversas doenças em ações completamente
novas.
Além disso, apesar de muita gente não gostar
muito; a variação das estações do ano; em um movimento regular de frio, chuva,
seca e calor trazem um equilíbrio de vida vital para a humanidade. Nossos
antepassados faziam algumas relações interessantes, mas concretas; Uns diziam,
por exemplo, que ano que da geada, tinha mais produção de manga.
A primeira vista parece piada, mas tem toda
lógica, pois se fundamenta no equilíbrio que essa variação traz, ou seja, em períodos
de frio intenso, diversas, pragas, bactérias, vetores e vírus são eliminados, e
possibilitam que ao chegar das chuvas e do calor haja tempo das plantas
produzirem em abundancia.
Imaginem agora se o mundo mantivesse um clima
quente e úmido o tempo todo. Poderia até haver mais produção de manga. Mas
certamente bactérias e fungos que atacam essa fruta, também encontrariam mais
condições de atacar; E por outro lado se fosse frio o tempo todo, as mangueiras
morreriam e não produziriam.
O impacto do lixo na vida das pessoas pode ser
mais direto ainda, é nele que criam condições propicias para proliferação de
animais sinantrópicos e vetores. O aedes sp, o culex, o phlebotomo, o escopião,
ratos, etc, etc, etc... São dezenas de seres indesejados que se criam no lixo,
e contaminam as pessoas diariamente.
É preciso que as pessoas pensem urgentemente no
que fazer com o seu lixo; Como destinar corretamente o que sobra do seu dia a
dia. Aos gestores públicos nesse caso cabe a missão de criar condições de
destinação adequada e de cobrar que a população faça sua parte.
Ou todos pensamos nisso e agimos com rapidez ou
certamente as mudanças do mundo continuarão a trazer impactos diretos e
indiretos em nossas vidas e de nossas famílias.
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